Oferta limitada mantém mercado do boi gordo e frango vivo firmes
Boi Gordo: Oferta limitada mantém mercado mais firme
Por Felippe Reis, zootecnista da Scot Consultoria
Com as margens de comercialização abaixo da média histórica na maior parte do ano, os frigoríficos ainda relutam em pagar preços maiores para a arroba dos animais terminados, mesmo com a melhora ocorrida nas últimas semanas.
Por outro lado, a oferta restrita de boiadas vem fazendo com que o mercado fique cada vez mais firme.
O momento de entressafra deve manter a oferta limitada de boiadas e exercer pressão de alta no mercado.
No mercado atacadista de carne com osso, o boi casado de animais castrados está estável, cotado em R$9,96/kg.
Em curto prazo, fica a expectativa quanto à manutenção dos preços firmes para a carne bovina, com a proximidade da segunda quinzena do mês.
Frango Vivo: Mercado segue com cotações firmes nas principais praças de comercialização nesta 3ª feira
Por Sandy Quintans
Nesta terça-feira (13), as cotações para o frango vivo seguiram inalteradas. Ao contrário do que era esperado pelo mercado, os preços nas principais praças de comercialização não conseguiram recuperação nesta primeira quinzena do mês – quando o consumo é mais aquecido.
Em Minas Gerais, a cotação do estado está em R$ 3,30/kg, segundo informações da Avimig (Associação dos Avicultores de Minas Gerais), enquanto que em São Paulo a referência é de R$ 3,10/kg.
Ainda assim, o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, explica que a tendência é positiva ao mercado nesta semana. “A expectativa ainda é por reajustes durante a primeira quinzena de setembro, período que conta com boa fluidez de negócios”, sinaliza.
Já a Scot Consultoria, explica que o mercado em São Paulo tem seguido com preços estáveis, mas altas não são descartadas nos próximos dias. “A demanda na ponta final da cadeia deve permanecer firme em curto prazo e altas no atacado e no varejo não estão descartadas”, explica.
Além disto, o cenário para os custos de produção começaram a registrar melhora, devido ao recuo nas cotações do milho com o avanço da colheita da segunda safra do cereal. Segundo dados da Embrapa Suínos e Aves de agosto, o ICPFrango/Embrapa teve redução de 2,65% em relação a julho, atingindo 219,28 pontos.
Por outro lado, nos últimos 12 meses houve a alta foi de 21,70% e no acumulado do ano, 9,84%. No fator nutrição, apenas em agosto houve redução de 2,84%.
Suíno Vivo: Mercado registra recuo de preços em Santa Catarina nesta 3ª feira
Por Sandy Quintans
Nesta terça-feira (13), as cotações para o suíno vivo tiveram recuo, após as altas registradas em São Paulo e Rio Grande do Sul no início da semana. Em Santa Catarina, a referência de negócios para a semana recuou R$ 0,25, fechando a R$ 3,80/kg.
Há semanas, as cotações no estado estavam trabalhando com estabilidade, enquanto as demais regiões já vinham sentindo o momento de pressão nos preços, devido a demanda enfraquecida no final do mês. Segundo informações divulgadas pela ACCS (Associação dos Criadores de Suínos), a baixa procura pela proteína foi um dos principais fatores que propiciou as quedas nesta semana.
Para o presidente da ACCS, Losivânio de Lorenzi, a diferença significativa nos preços demonstra as dificuldades que o setor tem enfrentado com as dificuldades econômicas. “Isso mostra que o consumo interno ainda não melhorou, fazendo com que os preços permaneçam retraídos”, relata.
Em outras regiões, o mercado começa a demonstrar reação, depois de algumas semanas de perdas, como São Paulo e Rio Grande do Sul. Segundo o presidente da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), Valdecir Folador, explica em entrevista ao Notícias Agrícolas que apesar da recuperação de preços, as cotações ainda estão abaixo dos custos de produção do estado.
A média estadual para a saca de milho também tem apresentado redução nas últimas semanas, mas muito acima dos patamares praticados em 2015. Com isso, o presidente explica que apesar dos preços para o cereal começarem a ceder, o impacto dessa redução só deve surgir para os animais abatidos no final do ano.
Em São Paulo, a bolsa de suínos definiu negócios em R$ 75 a 75/@, o que equivale a R$ 4,00 e R$ 4,16 pelo quilo do vivo. No fechamento anterior, a reunião havia definido valor abaixo disto, porém no decorrer da semana houve uma mudança no mercado - inclusive registrando negócios acima do valor de referência.