Demanda fraca e aumento na oferta pressionam cotações do boi gordo, frango e suíno vivo nesta semana

Publicado em 29/04/2016 08:07

Boi Gordo: Preço em Barretos - SP recua e está R$153,50/@, queda de 1,3% em relação ao início do mês

Por Felippe Reis, zootecnista da Scot Consultoria

Continua a pressão de baixa no mercado do boi gordo.

O menor volume de chuvas e a consequente diminuição da capacidade de suporte das pastagens vêm resultando em um aumento gradativo da oferta de animais terminados, colaborando com a pressão de baixa.

Na região de Barretos-SP o preço do boi gordo recuou e está em R$153,50/@, à vista. Em relação ao início do mês houve desvalorização de 1,3%.

No mercado atacadista de carne com osso, o boi casado de animais castrados teve desvalorização e está cotado em R$9,20/kg, queda de 7,4% na comparação com início do mês.

A margem de comercialização da carne com osso, mais subprodutos e derivados (Equivalente Scot Carcaça), está em 8,1%, patamar historicamente baixo.

O escoamento da carne no atacado continua lento e para o curto prazo não estão descartadas desvalorizações.

Frango Vivo: São Paulo volta a registrar baixa de preços nesta 5ª feira

Por Sandy Quintans

Assim como era esperado pelo mercado, as cotações para o frango vivo registraram recuo em São Paulo nesta quinta-feira (28). A referência de negócios passa a ser de R$ 2,55 pelo quilo do vivo, após a nova baixa de R$ 0,05. Já em Minas Gerais – praça que já registrou queda nas cotações nesta semana –, os preços fecharam acomodados em R$ 2,35/kg.

A segunda quinzena têm sido negativa para o mercado de frango vivo, com diversas baixas nas cotações em grande parte das praças de comercialização. O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, explica que há uma excedente na oferta de animais, embora a demanda ainda não seja um problema para o setor.

Além disto, os custos de produção seguem em alta, devido ao aumento nos preços do milho nos últimos meses. Segundo aponta a Scot Consultoria, a alimentação é responsável por até 70% no gastos dos avicultores nas granjas. Com isso, em um ano as cotações do milho subiram 73,6% em Campinas (SP), o que impacta diretamente nos custos de produção.

Por outro lado, a consultoria aponta que a carne de frango apresenta melhor competitividade em relação a bovina. Enquanto há um ano era possível comprar 2,4 quilos de frango para um quilo de dianteiro bovino, atualmente dá pra adquirir 2,29 quilos.

“Apesar do aumento dos custos de produção para o frango – o que pode contribuir para enxugar a oferta, em razão da rápida resposta da produção avícola –, a expectativa é de que a carne bovina ainda continue em patamares historicamente desfavoráveis frente à de frango”, explica a Scot.

Suíno Vivo: Preços seguem firmes nesta 5ª feira, após baixas da semana

Por Sandy Quintans

Após as recentes baixas nas cotações para o suíno vivo, o mercado fechou estável nas principais praças de comercialização nesta quinta-feira (28). Até o momento, a maioria das regiões definiu referências com valores abaixo aos da semana anterior. Em São Paulo, a bolsa de suínos definiu negócios entre R$ 58 e R$ 59/@ - o mesmo que R$ 3,04 a R$ 3,15 pelo quilo.

O boletim do Cepea aponta que atual patamar de preços nas granjas chegou ao pior resultado dos últimos quatro anos em termos reais em Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. As dificuldades não se limitam apenas nas cotações em queda, mas também na alta dos custos de produção.

“Nesse contexto, pequenos produtores independentes estão em uma situação mais delicada, pois arcam com a aquisição dos insumos”, apontam os pesquisadores do Centro.

O principal fator de alta nos custos de produção está relacionado ao aumento nos preços do milho nos últimos meses, além da escassez da oferta do cereal. Algumas medidas foram tomadas por representantes do setor, o que levou o governo brasileiro a retirar a TEC (Tarifa Externa Comum) para incentivar importações do cereal de países também de fora do Mercosul.

Apesar de a medida ser positiva, não deve resolver o problema dos produtores, segundo explica o presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Francisco Turra. Ele aponta que a medida não deve ter impacto, pois produtores darão preferência para países vizinhos devido ao custo do processo e também pela burocracia. 

Tags:

Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Nota Oficial: Nelore/MS cobra reparação do Carrefour Brasil e França
Carnes do Mercosul: Abiec lamenta posicionamento de CEO do Carrefour
Mapa rechaça declaração do CEO do Carrefour sobre carnes produzidas no Mercosul
Trimestrais da pecuária: cresce o abate de bovinos, suínos e frangos
Abiec destaca avanços do Brasil em sustentabilidade na pecuária, em conferência mundial
Assinatura eletrônica para certificados sanitários para produtos de origem animal alcança 50 mil solicitações
undefined