Boi, frango e suíno mantem pressão de baixa, com demanda fraca e aumento na oferta
Boi Gordo: Mercado mantem pressão de baixa. Preços em Araçatuba-SP e Barretos-SP são de R$154,50 e R$154,00, respectivamente
Por Juliana Serra, médica veterinária da Scot Consultoria
O aumento gradativo da oferta causado pela diminuição das chuvas vem pressionando para baixo o mercado do boi gordo em São Paulo.
Nas praças de Araçatuba-SP e Barretos-SP a arroba do macho terminado está cotada em R$154,50 e R$154,00, à vista. Queda semanal de 0,3% para ambas as praças.
Porém, na comparação com o início do ano, houve valorização de 4,4% e 5,1%, respectivamente.
Das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consultoria, houve queda em sete e alta em apenas uma, considerando o macho terminado.
No mercado atacadista de carne com osso, houve queda nas cotações. O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,25/kg. Desvalorização de 2,3% frente à última semana.
Frango Vivo: Após queda de preços em Minas Gerais, cotações fecham estáveis nesta 4ª feira
Por Sandy Quintans
Após diversas baixas, as cotações para o frango vivo encerraram estáveis nesta quarta-feira (27). O mercado vem registrando quedas de preços há algumas semanas, apesar da necessidade de reajustes. Com o período de menor consumo – historicamente na segunda quinzena do mês -, as cotações não conseguem registrar reação.
Com isso, após as recentes baixas de preços em Minas Gerais, a referência de preços para a praça é de R$ 2,35/kg. Já em São Paulo, as cotações estão acomodadas há alguns dias e seguem em R$ 2,60/kg, apesar da tendência baixista.
Segundo analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, há um aumento na oferta de animais disponíveis, o que tem sido fator de pressão. “Há evidentes sintomas de excedente de oferta no mercado interno, mesmo que a demanda não seja um problema”, afirmou o analista.
Apesar dos custos de produção terem registrado ligeira melhora em março, de acordo com levantamento da Embrapa Suínos e Aves, o cenário ainda é de preocupação. O ICPFrango/Embrapa chegou a 214,78 pontos em março, o que representa uma baixa de 4,48% em relação ao levantamento de fevereiro deste ano. Por outro lado, no acumulado do ano, a alta é de 21,41%.
Um dos principais fatores no aumento dos custos nos últimos meses é a alta de preços para o milho, além da escassez na oferta do cereal. Medida que levou o governo brasileiro a retirar as taxas de importação de países fora do Mercosul. Segundo o presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Francisco Turra, a medida não deve ter impacto, pois produtores darão preferências para países vizinhos devido ao custo.
Suíno Vivo: Preços fecham estáveis nesta 4ª feira, após recuos registrados na semana
Por Sandy Quintans
Os preços para o suíno vivo encerraram estáveis nas principais praças de comercialização nesta quarta-feira (27). Nesta semana, diversas praças registraram queda nas cotações. O mercado está um momento delicado, com baixa de preços, consumo retraído e alto custo de produção. Nem mesmo os bons volumes de exportações têm dado fôlego aos preços no mercado doméstico.
Em São Paulo, a APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos) aponta que os atuais patamares de preço em dólares é o pior dos últimos oito anos, que está em US$ 0,86/kg. O valor mais próximo a isto, foi registrado em R$ 0,90/kg em 2009. Nesta semana, a bolsa de suínos definiu negócios entre R$ 58 a R$ 59/@ - o mesmo que R$ 3,04 a R$ 3,15 pelo quilo.
Apesar das dificuldades, há um otimismo em relação ao Dia das Mães, que é um período que historicamente tem demanda aquecida. “Nós estávamos numa situação ruim e piorou um pouco mais. A expectativa está na próxima semana, que devido ao dia das mães costuma ser uma boa semana e esperamos que enxugue o mercado”, explica o presidente da ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), Antônio Ferraz.
Além disto, o desempenho das exportações pode resultar num equilíbrio dos estoques domésticos. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam que até a quarta semana de abril foram embarcadas 40,8 mil toneladas, registrando uma média diária de 2,7 mil toneladas. Em comparação com os volumes diários de março, houve um crescimento de 5,5%, enquanto que em relação ao mesmo período de 2015, o acréscimo é de 51,3%.