Boi gordo, frango e suíno vivo iniciam mais uma semana com pressão sob as cotações

Publicado em 19/04/2016 08:03

Boi Gordo: Mercado lento com pressão de baixa exercida pelo aumento da oferta de animais

Por Felippe Reis, zootecnista da Scot Consultoria

Mercado do boi gordo com pouca movimentação, cenário típico de segunda-feira.

Nas praças de Barretos-SP e Araçatuba-SP a arroba do boi gordo está cotada em R$155,00 e R$156,00, à vista, respectivamente.

Existem indústrias ofertando valores abaixo da referência, mas sem muitos negócios realizados.

O aumento gradativo da oferta de animais terminados vem exercendo pressão de baixa no mercado. Das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consultoria, houve queda em seis, considerando o macho terminado.

O escoamento da carne no atacado está lento. O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,49/kg, desvalorização de 4,4% em relação ao início de abril.

A margem de comercialização das indústrias, considerando a carne com osso e derivados, está em 10,0%, queda de mais de três pontos percentuais em relação ao início do mês.

Frango Vivo: Preços voltam a recuar em Minas Gerais nesta 2ª feira

Por Sandy Quintans

As cotações para o frango vivo registraram nova baixa em Minas Gerais nesta segunda-feira (18). Segundo o site da AVIMIG (Associação dos Avicultores de Minas Gerais), a referência de negócios cedeu mais R$ 0,05 e o vivo passa a valer R$ 2,70/kg. Na semana anterior, a praça registrou baixas consecutivas, assim como em outras regiões. Já em São Paulo, os preços se estabilizaram em R$ 2,70/kg.

O mercado vem registrando uma demanda retraída, mesmo na primeira quinzena do mês, quando o consumo é maior em função dos recebimentos de salários. Segundo informações do Cepea, os atuais preços estão nos menores patamares do ano.

“Mesmo com as exportações recordes de carne de frango in natura no primeiro trimestre, a oferta doméstica ainda supera a demanda – que segue reduzida não apenas no atacado e varejo, mas também no mercado spot do animal vivo”, apontam os pesquisadores.

Exportações

Por outro lado, os embarques continuam registrando números positivos para a carne de frango in natura. Segundo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), até a terceira semana de abril foram exportados 214,7 mil toneladas.

Com média diária de 19,5 mil toneladas, há um crescimento de 16,5% em comparação com os embarques por dia de março e acréscimo de 29,5% em relação há um ano. Em  receita, a soma é de US$ 300,4 milhões.

Suíno Vivo: Semana começa com nova baixa de preços no Rio Grande do Sul

Por Sandy Quintans

A semana começa com novas baixas sendo registradas no mercado de suíno vivo. Nesta segunda-feira (18), os preços médios pagos aos suinocultores independentes do Rio Grande do Sul iniciam a semana com uma diferença de R$ 0,09. Segundo a pesquisa semanal de ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), a referência na praça passa a ser de R$ 3,08 pelo quilo do vivo.

Além dos independentes, a cotações média das integrações também registraram recuo, fechando a pesquisa em R$ 2,79/kg. Além disto, os custos de produção continuam em alta, visto que a saca de milho passou de uma média de R$ 44,00 para R$ 45,25. Há um ano a cotação na praça era de R$ 25,00.

Em São Paulo, a bolsa de suínos definiu manutenção de preços – após encerrar a semana anterior com queda significativa nas cotações. Segundo a APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), os negócios devem continuar entre R$ 58 e R$ 60/@, o equivalente a R$ 3,09 a R$ 3,20/kg.

No final da última semana, Santa Catarina também registrou uma queda de preços nas integrações, enquanto os independentes seguem a referência de R$ 3,00/kg. Segundo o presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivanio de Lorenzi, produtores integrados recebem em torno de R$ 2,80/kg, com um custo de produção de R$ 4,00 por animal.

Exportações

Os embarques registraram mais uma semana positiva de carne suína in natura. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam que até a terceira semana de abril foram exportadas 30,1 mil toneladas, com média diária de 2,7 mil toneladas.

Se comparar os dados diários de março, houve um aumento de 6,3%, enquanto que em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento é de 52,4%. Em receita, os embarques chegam a US$ 54,6 milhões.

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Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

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