Indústria mundial da carne divulga posicionamento sobre compromisso com o clima na COP 21
São Paulo, 3 de dezembro de 2015 - Pela primeira vez, a indústria mundial da carne divulga um posicionamento conjunto sobre o papel que o setor pode desempenhar em relação ao clima. A International Meat Secretariat (IMS), organização que reúne associações de produtores, exportadores, entidades governamentais e empresariais de todo o mundo – que representam mais de 75% da produção mundial de carne –, fez o anúncio durante a 21ª Conferência do Clima (COP 21), que acontece em Paris. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) acompanhou o anúncio e integra esse compromisso como associada da IMS.
Segundo o posicionamento da IMS, as prioridades essenciais para a indústria mundial da carne são a redução da emissão de gases de efeito estufa e melhoria da performance com redução do impacto ambiental. Ainda de acordo com o documento, estes compromissos já vêm sendo seguidos com a adoção de práticas e ferramentas inovadoras que apoiam a produção sustentável e responsável de proteína animal utilizando menos recursos.
O documento exemplifica algumas práticas sustentáveis da cadeia, que já são adotadas pelas indústrias, como:
· Programas de melhoramento genético e sanidade animal para aumentar a produtividade e desenvolvimento de uma alimentação mais nutritiva;
· Preservação do solo com otimização na produção, gestão de pastagens, prevenção de erosão;
· Redução significativa do desmatamento por meio da intensificação;
· Utilização de tecnologias que reduzem o uso da água e energia no processamento de carne.
Presente na COP 21, para Fernando Sampaio, vice-presidente do Comitê de Sustentabilidade da IMS e diretor-executivo da ABIEC, a divulgação deste posicionamento é um avanço para a indústria mundial. Ele lembra que carne vermelha é uma proteína de alta qualidade e o acesso a uma fonte proteica tem papel essencial na nutrição da população mundial. “E o Brasil, especialmente, tem a oportunidade de atender parte da demanda crescente por este alimento no mundo, contribuindo para mitigar mudanças climáticas, por meio da intensificação da produtividade e restauração de pastagens e da recuperação de florestas previstas no Código Florestal”, afirma o executivo.