Carne bovina: margem da indústria supera 2014
Queda nos preços da carne bovina sem osso pela segunda semana seguida.
O IPCA-15 de julho, índice prévio de inflação mensal, foi de 0,59%, o maior valor para o mês em sete anos. Ao mesmo tempo, os preços dos cortes vendidos pelos frigoríficos tiveram retração de 0,8%.
Ou seja, mesmo com as seguidas tentativas das indústrias em manter os resultados, o nível atual de consumo não permitiu aos preços, nem mesmo, acompanhar a inflação.
Apesar disso, da deterioração da economia, que tem resultado em forte redução no poder de compra da população, a margem do frigorífico conseguiu ultrapassar, numericamente, o resultado de 2014 pela primeira vez. A forte pressão de baixa sobre os preços da arroba tem garantido essa evolução, mesmo sem força para valorizações da carne.
As unidades que fazem desossa apuram mark-up de 22,6%, o maior de 2015.
Os cortes de dianteiro, mesmo com menos ajuda de escoamento das exportações russas, em retração este ano, são os que tem sustentado o mercado atacadista.
Em janeiro, o preço médio da carne de traseiro era R$18,64/kg. Atualmente está em R$18,17/kg, redução de 2,5%. Já os produtos do dianteiro, que são vendidos por R$11,32/kg, começaram o ano em R$9,40/kg, alta de 20,5% em sete meses.
Produtos "mais baratos" têm sido os preferidos pela população esse ano.
No mercado externo as exportações seguem em retração em relação a 2014. Os dados parciais de julho para a carne in natura embarcada têm apresentado redução de 20,8%, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).