Mercado cafeeiro trabalha em volatilidade e monitorando as chuvas no Brasil
Após registrar fortes altas na sessão antetior, os futuros do café iniciam a sessão desta 5ª feira (31) com quedas nas bolsas de NY e Londres.
De acordo com especialistas, o mercado cafeeiro trabalha com volatilidade devido irregularidade das precipitações nas principais áreas cafeeiras do Brasil.
Previsão do Climatempo mostra que um corredor de umidade está se fortalecendo sobre o interior do Brasil, provocando muitas instabilidades e potencial para chuvas fortes ainda essa semana sobre o norte do Espírito Santo, extremo sul da Bahia, Cerrado e norte de Minas Gerais, além de áreas do Centro-Oeste e norte do País. Já as áreas de Minas Gerais e do Espírito Santo receberão os maiores volumes de precipitação, onde os acumulados podem ultrapassar o 100 mm ao longo dos próximos 5 dias. Para o Sul de Minas e Alta Mogiana Paulista são esperados volumes baixos, e as chuvas devem ocorrer na forma de pancadas muito isoladas, alternadas com período de melhoria.
Diante deste cenário, às 8h50 (horário de Brasília), o árabica trabalhava com queda de 270 pontos no valor de 246,90 cents/lbp no vencimento de dezembro/24, uma baixa de 270 no valor de 246,35 cents/lbp no de março/25, um recuo de 280 pontos no valor de 245,00 cents/lbp no de maio/25, e uma baixa de 280 pontos no valor de 242,50 cents/lbp no de julho/25.
Já o robusta registrava alta de US$ 63 no valor de US$ 4.453/tonelada no contrato de novembro/24, uma baixa de US$ 34 negociado por US$ 4.419/tonelada no de janeiro/25, uma queda de US$ 30 no valor de US$ 4.333/tonelada no de março/25, e uma baixa de US$ 28 no valor de US$ 4.268/tonelada no de maio/25.
Segundo o sócio diretor da Pine Agronegócios, Vicente Zotti, o clima ainda é um ponto de atenção, mas as perspectivas climáticas para o mês de novembro são positivas. O especialista destaca que a estiagem prolongada, juntamente com as altas temperaturas no Brasil, prejudicaram muito as plantações de arábica no país, e devem resultar novamente em um ano ímpar, a volta de uma bienalidade negativa para a variedade.
Já o robusta, encontra-se em uma melhor condição de produtividade, e deve superar as estimativas da safra passada.