Petrobras inicia vendas de diesel com conteúdo renovável em São Paulo a partir de março
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras passará a comercializar em São Paulo seu diesel coprocessado com 5% de óleo vegetal a partir da primeira semana de março, por meio da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, informou a companhia em nota à imprensa nesta quinta-feira.
O chamado diesel coprocessado, ou diesel R, utiliza-se de rota tecnológica que permite a produção do combustível fóssil já com um percentual renovável. A redução das emissões associada à parcela renovável é de, ao menos, 60% em comparação com o diesel mineral, segundo a Petrobras.
O diesel R também não requer adaptação ou alteração nos motores para poder ser usado, destacou a empresa.
"Esse é mais um passo da Petrobras para aumentar a oferta do diesel com conteúdo renovável e atender ao mercado que busca soluções sustentáveis para a redução de suas emissões", disse na nota o diretor de Comercialização, Logística e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser.
O início das vendas em Cubatão, informou a companhia, ocorre após "a consolidação" da comercialização do novo produto na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, desde 2022.
A companhia tem pleiteado junto ao governo a inclusão do diesel R no mandato de biocombustíveis do Brasil, em complementação ao mandato já existente para o biodiesel. Em declarações, executivos da companhia têm pontuando que o objetivo não é tomar o mercado de biodiesel e sim somar-se a ele.
A partir de 1º de março, a fatia obrigatória de biodiesel no diesel vendido nos postos do país será elevada de 12% para 14%.
Além da Repar, que já fazia a comercialização, e agora da RPBC, que fez a primeira venda, mais duas refinarias da Petrobras realizaram testes de produção de Diesel R5 no fim do ano passado, disse a petroleira.
A Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, recebeu adaptações em sua infraestrutura logística e em unidades de processo de hidrotratamento. A Refinaria de Paulínia (Replan), também em São Paulo, realizou o primeiro teste e está ultimando os ajustes de infraestrutura logística e apta à produção.
(Por Marta Nogueira)