Operação Coffee Break, no Sul de MG, investiga fraude fiscal milionária no setor do café

Publicado em 28/02/2024 16:01
Estima-se a sonegação fiscal no valor de R$ 340 milhões relacionada ao grupo econômico localizado em Varginha

Na manhã de terça-feira, 27 de fevereiro, foi deflagrada a Operação Coffee Break, que tem como objeto a apuração de fraudes tributárias por grupo econômico de expressão no mercado de comercialização de café.

A fraude é operacionalizada através de associação criminosa especializada em criação de empresas de fachada, as quais emitem notas fiscais falsas e assumem de modo simulado a carga tributária, sem o devido recolhimento de ICMS ao Estado de Minas Gerais. Estima-se a sonegação fiscal no valor de R$ 340 milhões relacionada ao grupo econômico localizado em Varginha, no Sul de Minas Gerais.

Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, sendo 12 deles em Varginha e um em Botelhos.

Conforme o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), além do crime de sonegação fiscal, os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Foram alvo de busca e apreensão as residências dos gestores do grupo econômico que se beneficia da fraude e dos membros da associação criminosa, bem como as empresas utilizadas no esquema criminoso.

Segundo apurado, a associação criminosa era especializada em fornecimento de serviços ilícitos para sonegação de ICMS no setor do café em Minas Gerais. Ela oportunizava com sua estrutura: venda de café sem a emissão de documentos fiscais obrigatórios; substituição do real vendedor em operações interestaduais; triangulação fictícia de notas fiscais; emissão de notas fiscais falsas para controle de estoque. O esquema criminoso é bastante sofisticado, contando com planejamento e controle das operações simuladas, tudo com o objetivo de conferir aparência de licitude às fraudes, embaraçando a fiscalização. 

A operação foi desenvolvida pelo CIRA, em modelo de força-tarefa, com participação do MPMG, através do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet), Receita Estadual de Minas Gerais, Polícias Civil e Militar, na regional do CIRA em Varginha.

As investigações contaram com a participação de sete promotores de justiça, seis servidores do MPMG, 37 servidores da Receita Estadual de Minas Gerais, 38 policiais militares, dois delegados de polícia e 11 policiais civis. Os trabalhos contaram com o apoio dos Caoets de Belo Horizonte e Contagem, e dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Passos, Varginha e Pouso Alegre.

 

Fonte: Ministério Público

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Café: Safra é mais rápida, mas rendimento no Brasil preocupa e cotações avançam
Sebrae Minas, Senai e Expocacer assinam parceria que beneficiará cafeicultores do Cerrado Mineiro
Confirmando volatilidade esperada, bolsas voltam a subir e arábica avança para 240 cents/lbp
Região do Cerrado Mineiro lança campanha inédita para proteger origem autêntica de seu café
Com safra andando bem no Brasil, café abre semana com estabilidade
Café tem semana de ajustes nos preços e pressão da safra brasileira derrubando preços