Inúmeras incertezas: Conilon tem novo "dia de emoção" e avança 6,13% em Londres

Publicado em 16/01/2024 17:38
Logística, guerra e Ano Novo Chinês justificam valorização expressiva

O mercado futuro do café teve um dia de expressiva valorização nos terminais de Londres e Nova York. Mais uma vez, a alta foi puxada pelo mercado de conilon que diante das preocupações globais continua estendendo os ganhos. 

Em Londres o tipo conilon avançou 6,13%. Março/24 teve alta de US$ 183 por tonelada, negociado por US$ 3170, maio/24 teve valorização de US$ 142 por tonelada, valendo US$ 3004, julho/24 teve alta de US$ 112p por tonelada, cotado por US$ 2889 e setembro/24 teve alta de US$ 94 por tonelada, negociado por US$ 2815. 

"A escassa oferta de café robusta desencadeou compras por fundos de contratos futuros de café robusta. Os estoques de café robusta monitorados pelo ICE caíram na terça-feira para um mínimo recorde de 3.113 lotes", afirma a análise do site Barchart. 

De acordo com Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, vários fatores contribuem para avanço e rompimento de níveis importantes. Os conflitos no Mar Vermelho, assim como o baixo nível de água no Canal do Panamá comprometem a logística mundial. 

O mercado, que já se preoucupava com a oferta global do produto, também tem suporte na aproximação do Ano Chinês. O período é marcado por uma menor participação do Vietnã nas negociações. 

Em Nova York, o café arábica avançou 2,92%. Março/24 teve alta de 525 pontos, negociado por 185,25 cents/lbp, maio/24 teve alta de 470 pontos, cotado por 182,05 cents/lbp, julho/24 avançou 435 pontos, negociado por 181,80 cents/lbp e setembro/24 teve avanço de 430 pontos, valendo 182,40 cents/lbp. 

Os preços do café Arábica são apoiados pela preocupação de que o recente tempo seco no Brasil possa prejudicar as colheitas de café. A Somar Meteorologia informou na última segunda-feira que a região de Minas Gerais recebeu apenas 42,4 mm de chuva na última semana, ou 60% da média histórica. 

No Brasil, o físico acompanhou e encerrou com valorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 3,68% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 985,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 2,08%, valendo R$ 980,00, Araguari/MG teve alta de 0,99%, valendo R$ 1.020,00, Machado/MG teve alta de 4,64%, negociado por R$ 1.015,00, Varginha/MG teve alta de 3,13%, cotado por R$ 990,00, Campos Gerais/MG encerrou com alta de 3,55%, valendo R$ 1.020,00 e Franca/SP teve valorização de 3,03%, valendo R$ 1.020,00. 

O tipo cereja descascado teve alta de 3,33% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.025,00, Poços de Caldas/MG teve valorização de 2%, cotado por R$ 1.020,00, Varginha/MG teve alta de 4,08%, cotado por R$ 1.020,00 e Campos Gerais/MG avançou 3,35%, cotado por R$ 1.080,00. 
 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Preços do café estendem alta de 3 semanas e fecham sessão desta 6ª feira (22) com ganhos de mais 4% na bolsa de Londres
Café: Mesmo nas máximas em 13 anos, preços não afastam compradores e mercado ainda é bastante resiliente
Safra de café da Colômbia 24/25 projetada em 12,9 mi sacas, diz USDA
Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas decide os vencedores de 2024
Café no varejo: vendas aumentaram 1,1% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2023
Preços do café seguem em volatilidade e apresentam altas no início da tarde desta 6ª feira (22)
undefined