Café em NY explode, sobe até 7% em reflexo às adversidades climáticas no BR ameaçando safra 24/25 do BR
O mercado do café arábica disparou nesta quinta-feira (30), marcando altas de até 7% na Bolsa de Nova York. As cotações, por volta de 14h50 (horário de Brasília), marcavam 194,85 cents de dólar por libra-peso, enquanto o março tinha 184,45 cents e o maio, 180,55 centavos/lb.
De acordo com as informações da Reuters Internacional, o mercado está apoiado por condições climáticas adversas no Brasil, incluindo altas temperaturas, granizo e tempestades, e que isso já está afetando as primeiras flores da temporada 2024/25.
Nesta quarta-feira (29), o Cepea trouxe um registro de seus sinais de alerta para a nova temporada brasileira. "Segundo pesquisadores do Cepea, as ondas de calor, tempestades com queda de granizo e fortes ventanias estão resultando em abortamento de uma parte das primeiras floradas e dos chumbinhos da temporada 2024/25. Apesar de a queda dos chumbinhos acontecer todo ano nas lavouras, tendo em vista a fisiologia da planta, agentes consultados apontaram que o pegamento das flores está aquém do esperado, e que boa parte dos chumbinhos está caindo de forma um pouco acima do normal".
A instituição informa ainda que "além disso, há uma alta infestação de cochonilha nas lavouras de robusta de Rondônia e de bicho-mineiro em áreas de arábica do Cerrado Mineiro", o que também pode tirar parte do potencial produtivo da safra do Brasil.
Ao Notícias Agrícolas, Guy Carvalho, produtor de café especiais, trouxe um relato também marcado por uma série de preocupações, entre elas, as chuvas irregulares, escaldadura, ameaça em relação à uniformidade e os impactos que isso tem sobre as plantas. Reveja sua entrevista feita nesta quarta:
No mercado financeiro, ainda segundo a Reuters, o dólar mantinha o ritmo de alta acentuado frente ao real nesta quinta-feira, acompanhando o fortalecimento da divisa norte-americana no exterior após a divulgação de dados de inflação dos Estados Unidos, e refletindo ainda maior demanda pela moeda no final do ano.