Mesmo com temores no Brasil, café estende baixas em Nova York nesta 5ª feira
O mercado futuro do café arábica abriu as negociações desta quinta-feira (28) estendendo as baixas para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Ontem, as cotações foram pressionadas pelo câmbio. De acordo com analistas, no Brasil as condições climáticas continuam gerando intercezas, condição que ainda não reflete para os operadores no exterior, além dos negócios continuarem "travados" com o produtor aguardando por novos patamares de preços.
Por volta das 08h40 (horário de Brasília), dezembro/23 tinha queda de 90 pontos, negociado por 148,35 cents/lbp, março/24 tinha baixa de 75 pontos, valendo 149,60 cents/lbp, maio/24 tinha queda de 70 pontos, cotado por 150,25 cents/lbp e julho/24 tinha desvalorização de 95 pontos, valendo 150,80 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o tipo conilon abriu com valorização. Novembro/23 tinha alta de US$ 18, negociado por US$ 2465, janeiro/24 tinha valorização de US$ 17 por tonelada, cotado por US$ 2363, março/24 tinha valorização de US$ 12 por tonelada, negociado por US$ 2305 e julho/24 tinha alta de US$ 6 por tonelada, valendo US$ 2274.
"Enquanto os cafeicultores brasileiros, depois de enfrentarem dois anos de sérios problemas climáticos, estão agora apreensivos com as altas temperaturas sobre os cafezais brasileiros, que ultrapassaram os 35ºC, nos últimos dias de inverno e neste início de primavera, muitos operadores, especuladores e fundos com interesses de curto prazo, apostam que os repetidos problemas climáticos, no Brasil e em todos os principais países produtores de café, não são suficientes para criarem problemas no abastecimento mundial de café, apesar dos estoques mundiais estarem criticamente baixos", voltou a destacar a análise do Escritório Carvalhaes.