Café: Estoques continuam caindo, produtor segue resistente e preços sobem em NY e Londres

Publicado em 07/08/2023 16:08 e atualizado em 07/08/2023 17:12
Físico registrou alta em algumas das principais praças de comercialização

O mercado futuro do café arábica começou a semana com valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Apesar da safra andando bem no Brasil, a preocupação com a oferta restrita do produto e o cafeicultor brasileiro que continua retraído, dão suporte de valorização para os preços. 

Setembro/23 tinha alta de 260 pontos, valendo 163,95 cents/lbp, dezembro/23 tinha alta de 250 pontos, cotado por 163,45 cents/lbp, março/24 tinha alta de 245 pontos, valendo 164,60 cents/lbp e maio/24 tinha valorização de 250 pontos, cotado por 165,45 cents/lbp. 

"Ofertas de café mais apertadas estão sustentando os preços depois que os estoques de café robusta monitorados pelo ICE na última quinta-feira caíram para uma baixa recorde de 5.096 lotes (dados históricos de 2016)", destacou a análise do site internacional Barchart. 

No caso do arábica, os estoques também continuam registrando baixas. Agora estão com o menor nível dos últimos oito meses, com 527,942 sacas. "O café está recebendo apoio da falta de vendas dos cafeicultores no Brasil, que estão retendo a oferta em antecipação aos preços mais altos do café", complementa a análise. 

Na Bolsa de Londres, o tipo conilon também avançou neste pregão. Setembro/23 tinha alta de US$ 70 por tonelada, valendo US$ 2682, novembro/23 teve alta de US$ 66 por tonelada, valendo US$ 2554, janeiro/24 tinha alta de US$ 65 por tonelada, negociado por US$ 2477 e março/24 tinha alta de US$ 59 por tonelada, valendo US$ 2433. 

No campo, as condições continuam favoráveis para colheita da safra 23 e a falta de chuva também deve favorecer o processo de pós-colheita e na qualidade da safra. Buscando valor agregado, cada vez mais o produtor do Brasil investe nas técnicas de qualidade.  + Safra 23 de café: Clima ajuda, produtor investe e primeiros resultados do mapeamento da safra mostram boa qualidade da xícara no Cerrado Mineiro

No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou com valorização em algumas das principais praças de comercialização do país. 

O tipo6 bebida dura bica corrida teve alta de 2,38% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 860,00, Varginha/MG teve alta de 2,35%, cotado por R$ 870,00, Campos Gerais/MG teve alta de 2,28%, valendo R$ 899,00 e Franca/SP teve valorização de 2,33%, cotado por R$ 880,00. 

O tipo cereja descascado teve alta de 2,19% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 935,00, Varginha/MG teve valorização de 2,20%, cotado por R$ 930,00 e Campos Gerais/MG registrou alta de 2,13%, valendo R$ 959,00. 
 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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