Cotações mistas para o mercado do café marcam o fim desta segunda-feira (19)
Esta segunda-feira (19) se encerra para o mercado do café com preços mistos para o arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US) e quedas para o conilon na Bolsa de Londres. Segundo Haroldo Bonfá, analista de mercado e diretor da Pharos Consultoria, "o mercado segue muito indefinido aguardando informações para se ter uma definição para onde vai. Mas o setor continua de olho no fator climático com ênfase nas chuvas no Brasil", disse. Ele ainda completa, explicando que bons volumes de chuva ajudam na granação do café.
Dea cordo com análise divulgada pelo site Barchart, no caso do arábica há a questão da estimativa de estoques um pouco mais altos de café verde nos Estados Unidos, o que traz ligeira pressão de baixa nos preços. Em contrapartida, também afeta o arábica, mas com pressão de alta, as condições ligeiramente mais secas do que o normal no Brasil. "A Somar Meteorologia informou hoje que a região de Minas Gerais, no Brasil, recebeu 53,6 mm de chuva na semana passada, ou 94% da média histórica. Minas Gerais é responsável por cerca de 30% da safra de arábica do Brasil", informou o Barchart.
Em Nova York, por volta de 16h03 (Horário de Brasília), o contrato Março/23 tinha queda de 10 pontos, negociado por 164,30 cents/lbp, maio/23 cedia 10 pontos, valendo 164,650 cents/lbp, julho/23 registrava ligeiro aumento de 10 pontos, cotado por 164,75 cents/lbp e setembro/23 registrava aumento de 15 pontos, negociado por 164,505 cents/lbp.
Em relação aos preços do café conilon, também fica a dualidade de estoques mais apertados monitorados pelo ICE, e ao mesmo tempo, o aumento nas exportações da commodity pelo Vietnã, que aumentou 13,4% entre janeiro e novembro deste ano em comparação ao mesmo período do ano apssado. Vale lembrar que Vietnã é o maior produtor mundial de grãos de café robusta.
Na Bolsa de Londres, o tipo conilon tinha o contrato março/23 registrando baixa de de US$ 8 por tonelada, negociado por US$ 1858, maio/23 teve recuo de US$ 12 por tonelada, valendo US$ 1824, julho/23 teve retração de US$ 9 por tonelada, cotado em US$ 1812, enquanto o vencimento de setembro/23 cedeu US$ 8 por tonelada, valendo US$ 1805.
No Brasil, o mercado físico acompanhou e também encerrou com oreços mistos nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,99% em Poços de Caldas/MG, chegando a R$ 1.000,00, avanço de 8,85% em Machado/MG, atingindo R$ 1.045,00, incremento de 2,00% em Varginha/MG, com preço de R$ 1.020,00, aumento de 0,95% em Franca /SP, chegando em R$ 1.060,00, e de 4,88 (média) no Rio Grande do Sul, valendo R$ 1.075,00. Houve queda de 0,95% em Espírito Santo do Pinhal /SP, com valor de R$ 1.040,00, e baixa de 1,00% no Oeste da Bahia, fechando em R$ 990,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 1,89% em Varginha/MG, com valor de R$ 1.080,00, e aumento de 0,89% em Poços de Caldas/MG, custando R$ 1.130,00. O produto caiu 9,83% em Guaxupé/MG, atingindo R$ 1.000,00, e baixa de 1,82% em Espírito Santo do Pinhal/SP, fechando em R$ 1.080,00.