Café tem novo dia de pressão com embarque, chuvas, financeiro e recua mais de 3%
O mercado futuro do café arábica teve mais um dia de pressão para os preços na Bolsa de Nova York (ICE Futures US).
Dezembro/22 teve queda de 760 pontos, a 202,15 cents/lbp, março/23 teve queda de 535 pontos, cotado por 196,05 cents/lbp, maio/23 teve desvalorização de 445 pontos, valendo 193,60 cents/lbp e julho/23 registrou queda de 405 pontos, valendo 191,80 cents/lbp.
O mercado futuro do café arábica voltou a operar com desvalorização na sessão de ontem, reagindo aos números de exportação de café do Brasil. Segundo os dados do Cecafé, o país embarcou 3,4 milhões de sacas de café em setembro, número que surpreendeu o mercado diante dos impasses logísticos que persistem e das dúvidas em relação ao tamanho da produção.
"Os preços do café também caíram devido à preocupação com uma economia mais lenta e as pressões inflacionárias reduzirão a demanda no mercado fora de casa, como as cafeterias", complementa a análise do site Barchart.
Com as baixas de hoje, rompeu níveis importantes para os preços. A pressão também veio a partir das previsões de boas chuvas em áreas produtoras do Brasil nas próximas semanas, de acordo com Haroldo Bonfá, analista da Pharos Consultoria.
"A Somar Meteorologia informou na segunda-feira que Minas Gerais teve 62,9 mm de chuva na semana passada, ou 243% da média histórica. Minas Gerais responde por cerca de 30% da safra de arábica do Brasil", complementa a análise internacional.
MERCADO INTERNO
Acompanhando a desvalorização do café na Bolsa de Nova York, o dia também foi de oscilações negativas nas praças internas do café. O tipo 6 bebida dura bica corrida tinha referência em cerca de R$ 1150,00 a saca em Guaxupé (MG), com queda de 4,56%, e estabilidade em R$ 1245,00 em Patrocínio (MG).
Nas mesmas cidades, respectivamente, o tipo cereja descascado era negociado em R$ 1224,00 (-5,41%) e R$ 1290,00.