Café avança mais de 1500 pontos em dia de recuperação em NY; Londres e físico acompanham

Publicado em 18/07/2022 16:43
No Cerrado Mineiro, tipo 6 e cereja descascado avançou 10% nesta segunda-feira

A semana começou agitada para o mercado futuro do café arábica, que avançou 7,71%, o equivalente a mais de 1500 pontos, nas principais referências na Bolsa de Nova York (ICE Future US) nesta segunda-feira (18). 

Setembro/22 teve alta de 1540 pontos, negociado por 215,20 cents/lbp, dezembro/22 teve valorização de 1460 pontos, cotado por 211,20 cents/lbp, março/23 tinha alta de 1330 pontos, valendo 207,20 cents/lbp e maio/22 teve valorização de 1240 pontos, cotado por 204,65 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também avançou neste início da semana. Setembro/22 teve alta de US$ 69 por tonelada, negociado por US$ 1992, novembro/22 teve valorização de US$ 63 por tonelada, cotado por US$ 1987, janeiro/23 teve alta de US$ 54 por tonelada, negociado por US$ 1973 e março/23 teve alta de US$ 46 por tonelada, valendo US$ 1960. 

O mercado de café se recupera da intensa baixa registrada na última semana diante do temor de uma recessão economica global que pesaram sob os preços. Mesmo com o avanço, analistas afirmam que o cenário continua sendo de muita incerteza para o mercado de café. O setor continua de olho nas questões externas que podem pressionar as cotações a qualquer momento. 

A Green Coffee Association (GCA) divulgou na última sexta-feira (15) que o estoque de café verde dos Estados Unidos subiu para 6,05 milhões de sacas. Na teoria, a informação poderia pressionar as cotações de café. Mas, vale lembrar que os estoques certificados da ICE ainda estão com os níveis mais baixos dos últimos anos. 

A preocupação com a oferta do grão, segundo analistas, ainda dá suporte para os preços de café. A safra no Brasil continua em pleno desenvolvimento, e as lideranças do setor afirmam que está mais atrasada que nos anos anteriores. Já os produtores afirmam que há ainda menos café do que o previsto anteriormente, consequência da seca prolongada e geada nas principais áreas produtoras de arábica do Brasil. 

"Os preços do café subiram acentuadamente devido à preocupação com a queda na produtividade do café no Brasil depois que a Somar Meteorologia informou na segunda-feira que Minas Gerais recebeu 0,5 mm de chuva na semana passada, ou 12% da média histórica", complementa a análise do site internacional Barchart. 

No Brasil, o mercado físico acompanhou e também encerrou com valorização. No Cerrado Mineiro, as cotações chegaram avançar mais de 10% nesta segunda-feira (18). 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 6,45% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.320,00, Patrocínio/MG teve alta de 10,74%, valendo R$ 1.340,00, Machado/MG teve alta de 9,68%, cotado a R$ 1.360,00, Varginha/MG teve alta de 3,15%, valendo R$ 1.310,00 e Franca/SP teve alta de 6,30%, negociado por R$ 1.350,00. 
 

O tipo cereja descascado teve alta de 6,08% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.395,00, Patrocínio/MG teve alta de 10,32%, negociado por R$ 1.390,00, Varginha/MG teve alta de 3,08%, valendo R$ 1.340,00 e Campos Gerais/MG teve valorização de 6,59%, negociado por R$ 1.455,00. 
 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Café: Safra é mais rápida, mas rendimento no Brasil preocupa e cotações avançam
Sebrae Minas, Senai e Expocacer assinam parceria que beneficiará cafeicultores do Cerrado Mineiro
Confirmando volatilidade esperada, bolsas voltam a subir e arábica avança para 240 cents/lbp
Região do Cerrado Mineiro lança campanha inédita para proteger origem autêntica de seu café
Com safra andando bem no Brasil, café abre semana com estabilidade
Café tem semana de ajustes nos preços e pressão da safra brasileira derrubando preços