Café avança mais de 1500 pontos em dia de recuperação em NY; Londres e físico acompanham
A semana começou agitada para o mercado futuro do café arábica, que avançou 7,71%, o equivalente a mais de 1500 pontos, nas principais referências na Bolsa de Nova York (ICE Future US) nesta segunda-feira (18).
Setembro/22 teve alta de 1540 pontos, negociado por 215,20 cents/lbp, dezembro/22 teve valorização de 1460 pontos, cotado por 211,20 cents/lbp, março/23 tinha alta de 1330 pontos, valendo 207,20 cents/lbp e maio/22 teve valorização de 1240 pontos, cotado por 204,65 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também avançou neste início da semana. Setembro/22 teve alta de US$ 69 por tonelada, negociado por US$ 1992, novembro/22 teve valorização de US$ 63 por tonelada, cotado por US$ 1987, janeiro/23 teve alta de US$ 54 por tonelada, negociado por US$ 1973 e março/23 teve alta de US$ 46 por tonelada, valendo US$ 1960.
O mercado de café se recupera da intensa baixa registrada na última semana diante do temor de uma recessão economica global que pesaram sob os preços. Mesmo com o avanço, analistas afirmam que o cenário continua sendo de muita incerteza para o mercado de café. O setor continua de olho nas questões externas que podem pressionar as cotações a qualquer momento.
A Green Coffee Association (GCA) divulgou na última sexta-feira (15) que o estoque de café verde dos Estados Unidos subiu para 6,05 milhões de sacas. Na teoria, a informação poderia pressionar as cotações de café. Mas, vale lembrar que os estoques certificados da ICE ainda estão com os níveis mais baixos dos últimos anos.
A preocupação com a oferta do grão, segundo analistas, ainda dá suporte para os preços de café. A safra no Brasil continua em pleno desenvolvimento, e as lideranças do setor afirmam que está mais atrasada que nos anos anteriores. Já os produtores afirmam que há ainda menos café do que o previsto anteriormente, consequência da seca prolongada e geada nas principais áreas produtoras de arábica do Brasil.
"Os preços do café subiram acentuadamente devido à preocupação com a queda na produtividade do café no Brasil depois que a Somar Meteorologia informou na segunda-feira que Minas Gerais recebeu 0,5 mm de chuva na semana passada, ou 12% da média histórica", complementa a análise do site internacional Barchart.
No Brasil, o mercado físico acompanhou e também encerrou com valorização. No Cerrado Mineiro, as cotações chegaram avançar mais de 10% nesta segunda-feira (18).
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 6,45% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.320,00, Patrocínio/MG teve alta de 10,74%, valendo R$ 1.340,00, Machado/MG teve alta de 9,68%, cotado a R$ 1.360,00, Varginha/MG teve alta de 3,15%, valendo R$ 1.310,00 e Franca/SP teve alta de 6,30%, negociado por R$ 1.350,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 6,08% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.395,00, Patrocínio/MG teve alta de 10,32%, negociado por R$ 1.390,00, Varginha/MG teve alta de 3,08%, valendo R$ 1.340,00 e Campos Gerais/MG teve valorização de 6,59%, negociado por R$ 1.455,00.