Café despenca com temor de recessão financeira e encerra com 5,81% de queda em Nova York
O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta quinta-feira (14) com mais de mil pontos de desvalorização, o que equivalente a 5,81% de baixa. Apesar dos fundamentos sólidos para o café, o cenário macro tem pesado muito mais nas cotações e aumentam as preocupações de safra e de negociação para o produtor, que não participou do mercado neste pregão.
Setembro/22 teve queda de 1205 pontos, negociado por 195,30 cents/lbp, dezembro/22 teve queda de 1195 pontos, valendo 192,75, dezembro/22 teve queda de 1195 pontos, negociado por 192,75 cents/lbp e março/23 teve baixa de 1170 pontos, valendo 190,35 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o dia também foi marcado por forte queda. Setembro/22 teve baixa de US$ 51 por tonelada, negociado por US$ 1930, novembro/22 teve baixa de US$ 44 por tonelada, negociado por US$ 1935, janeiro/23 teve queda de US$ 41 por tonelada, valendo US$ 1932 e março/23 teve baixa de US$ 39 por tonelada, valendo US$ 1927.
As incertezas com a produção brasileira, os problemas climáticos enfrentados em outras origens produtoras e a demanda dentro da normalidade, foram deixados de lado diante de uma recessão global. Analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, no médio prazo as cotações devem continuar acompanhando a incerteza financeira global.
O dia foi marcado por queda generazalidas, não só as agrícolas. O temor de uma recessão atinge também os Estados Unidos e as preocupações vão além com a crise energética na Europa. O analista de mercado Cláudio Castello Branco Ribeiro Filho, da Expocaccer, afirma que o movimento de baixa até já era esperado pelo setor, mas foi antecipado diante do cenário caótico a nível mundial.
"Os Estados Unidos anunciaram ontem inflação de 9,1%, sobe juros e aumenta o temor de uma recessão com desemprego e os agentes todos acabam migrando para o dólar, o café está sendo liquidado pelos fundos", afirma.
Com a baixa de hoje o café rompeu um nível técnico importante, com o cenário tão nebuloso é quase impossível tentar entender como Nova York deve se comportar daqui pra frente. O mercado, antes muito firme com a quebra brasileira, está sem rumo e travado, com o produtor de fora das negociações.
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No Brasil, desta vez o físico acompanhou e encerrou com forte recuo nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 4,65% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.230,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 8,82%, valendo R$ 1.240,00, Patrocínio/MG teve queda de 4,76%, valendo R$ 1.200,00, Varginha/MG teve baixa de 4,62%, valendo R$ 1.240,00, Campos Gerais/MG registrou queda de 4,46%, valendo R$ 1.285,00 e Franca/SP teve queda de 4,58%, cotado por R$ 1.250,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 4,40% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.305,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 8,16%, valendo R$ 1.350,00, Patrocínio/MG teve queda de 3,85%, cotado por R$ 1.250,00, Varginha/MG recuou 4,41%, valendo R$ 1.300,00 e Campos Gerais/MG teve baixa de 4,27%, valendo R$ 1.345,00.