Café apresenta volatilidade durante o dia, mas encerra com estabilidade em NY e Londres
O mercado futuro do café arábica, apesar da intensa volatilidade durante o dia, encerrou as cotações desta segunda-feira (7) com ajustes técnicos para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Maio/22 encerrou com estabilidade, negoxiado por 224,25 cents/lbp, julho/22 teve alta de 10 pontos, cotado por 223,10 cents/lbp, setembro/22 registrou queda de 5 pontos, valendo 221,90 cents/lbp e dezembro/22 teve baixa de 25 pontos, cotado por 219,95 cents/lbp.
Em Londres, o dia também foi marcado por estabilidade nas principais referências. Maio/22 teve queda de US$ 3 por tonelada, valendo US$ 2035, julho/22 teve alta de US$ 1 por tonelada, cotado por US$ 2014, setembro/22 encerrou negociado por US$ 2009 e novembro/22 manteve a cotação por US$ 2007.
O primeiro pregão da semana foi marcado por tranquilidade, após dias de bastante movimentação na semana passada quando os contratos recuaram mais de dois mil pontos no mercado futuro. O setor cafeeiro segue acompanhando os impasses entre Rússia e Ucrânia, que além de poder comprometer o consumo da bebida na Europa, também traz bastante insegurança em relação à economia global.
"Uma queda na economia pode conter os gastos do consumidor e reduzir o consumo de café, à medida que os consumidores apertam os cintos e limitam suas visitas a restaurantes e cafés", acrescenta a análise do site internacional Barchart.
No Brasil, analistas mantêm o cenário com fundamentos sólidos para o café, mas os fatores externos podem seguir influenciando o preço da commoditie. Neste mesmo sentido, a análise internacional voltou a destacar os problemas climáticas no parque cafeeiro brasileiro.
"As perdas nos preços do café na segunda-feira foram contidas pela seca na maior região cafeeira do Brasil. A Somar Meteorologia informou na segunda-feira que Minas Gerais, região que responde por cerca de 30% da safra de café arábica do Brasil, recebeu 4,8 mm de chuva ou apenas 8% da média histórica na semana passada", acrescenta.
No mercado interno o dia foi marcado por variações mistas nas principais praças de comercialização do país. Com a baixa dos últimos dias, o mercado físico segue travado e com produtor aguardando por preços mais atratativos para fechar negócio.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,76% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.330,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 1,48%, cotado por R$ 1.330,00, Araguarí/MG teve alta de 1,55%, valendo R$ 1.310,00 e Franca/SP teve alta de 0,76%, negociado por R$ 1.330,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,43% em Poços de Caldas/MG negociado por R$ 1.380,00. Patrocínio/MG manteve a estabilidade por R$ 1.385,00, Varginha/MG manteve a negociação por R$ 1.415,00 e Campos Gerais/MG por R$ 1.393,00.