Arábica tem mais um dia de valorização e atinge máxima de 10 anos em Nova York
O mercado futuro do café arábica encerrou mais um pregão com valorização para os principais na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O dia começou com poucas variações, mas ainda no início da manhã as cotações avançaram com a preocupação da oferta global do grão. Com a valorização deste pregão, o contrato março/22 atingiu a máxima de 10 anos.
Março/22 teve alta de 335 pontos, valendo 245,40 cents/lbp, maio/22 teve alta de 325 pontos, negociado por 244,80 cents/lbp, julho/22 teve alta de 305 pontos, valendo 244,15 cents/lbp e setembro/22 teve alta de 280 pontos, valendo 243,45 cents/lbp.
"A Maxar Technologies disse hoje que as previsões de chuvas leves no Brasil nos próximos dez dias significam "umidade do solo desfavorável e estresse nas lavouras" para o crescimento das cerejas", destacou a análise do site internacional Barchart.
No Brasil, o setor também acompanha as condições das lavouras e o cenário é de incerteza depois que a florada generalizada não vingou nas principais áreas de produção de arábica do país. Além da quebra de safra do Brasil que já movimenta o mercado, o setor cafeeiro também segue atento à oferta dos demais países produtores de café.
Os impasses econômicos na Etiópia, maior produtor e segundo maior exportador de café da África, também preocupa o setor. De acordo com informações da Bloomberg, com o salto dos preços do café, alguns fornecedores da Etiópia não estão cumprindo acordos fechados quando as cotações estavam mais baixas, disseram pessoas a par do assunto, o que tende a apertar ainda mais a oferta para tradings e torrefadores.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon registrou baixas técnicas nesta quarta-feira (24). Janeiro/22 teve baixa de US$ 16 por tonelada, valendo US$ 2281, março/22 registrou queda de US$ 12 por tonelada, valendo US$ 2222, maio/22 teve queda de US$ 9 por tonelada, valendo US$ 2192 e julho/22 registrou queda de US$ 9 por tonelada, valendo US$ 2187.
No Brasil, o mercado interno acompanhou e registrou valorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 5,76% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.470,00, Guaxupé/MG teve alta de 0,14%, valendo R$ 1.483,00, Araguarí/MG teve alta de 6,43%, negociado por R$ 1.490,00, Campos Gerais/MG teve alta de 0,68%, valendo R$ 1.487,00 e Varginha/MG teve alta de 1,33%, negociado por R$ 1.520,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 5,41% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.560,00, Guaxupé/MG teve alta de 0,83%, negociado por R$ 1.586,00, Varginha/MG teve valorização de 1,29%, valendo R$ 1.570,00 e Campos Gerais/MG registrou valorização de 0,65%, valendo R$ 1.547,00.