Café: Com chuvas no Brasil e ajustes nos preços, semana começa com desvalorização em Nova York
O mercado futuro do café arábica abriu a semana com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O mercado futuro voltou a registrar baixas após uma semana intensa para os preços na Bolsa. De acordo com a análise do site internacional Barchart, que a chuva no Brasil gerou uma longa liquidação nos futuros do café.
Março/22 teve queda de 210 pontos, valendo 231,30 cents/lbp, maio/22 teve baixa de 210 pontos, valendo 231,30 cents/lbp, julho/22 teve queda de 200 pontos, valendo 231,20 cents/lbp e setembro/22 teve queda de 200 pontos, valendo 231 cents/lbp.
"A Somar Meteorologia informou hoje que Minas Gerais, região que responde por cerca de 30% da safra de café arábica do Brasil, recebeu 56,7 mm de chuva ou 117% da média histórica na semana passada", afirma a publicação, que ressalta ainda que as chuvas podem trazer certo alívio ao parque cafeeiro.
No Brasil, acompanhando de perto as condições das lavouras, o setor afirma que a florada generalizada, observada há algumas semanas, não vingou, aumentando ainda mais a preocupação para oferta do Brasil no ano que vem. O setor também segue de olho nas condições climáticas para os próximos três meses, na torcida para que as chuvas continuem regulares, sem comprometer a fase de enchimento dos grãos.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon registrou leves altas nesta segunda-feira (22). Janeiro/22 teve alta de US$ 6 por tonelada, valendo US$ 2251, março/22 teve alta de US$ 1 por tonelada, negociado por US$ 2198, maio/22 teve alta de US$ 2 por tonelada, valendo US$ 2175 e julho/22 registrou valorização de US$ 5 por tonelada, valendo US$ 2173.
Segundo dados do Centro de Comércio de Café de Vitória/ES, os embarques do conilon pelo estado caíram 26% no mês de outubro, reflexo dos impasses logísticos, mas também de uma demanda mais aquecida para o conilon no mercado interno.
Com a quebra na produção do arábica, as indústrias vêm demandando mais do café tipo conilon, e garantindo bons negócios ao produtor. No exterior, o Brasil perde certa competitividade, com a Bolsa de Londres também sendo pressionada pela colheita da safra do Vietnã.
No Brasil, o mercado físico teve um dia de estabilidade nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,36% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.365,00, Araguarí/MG teve baixa de 1,41%, valendo R$ 1.400,00, Campos Gerais/MG registrou queda de 1,42%, valendo R$ 1.387,00 e Franca/SP teve baixa de 1,40%, valendo R$ 1.410,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 0,34% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.455,00, Campos Gerais/MG teve queda de 1,36%, valendo R$ 1.447,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 1.503,00, Patrocínio/MG manteve a negociação por R$ 1.460,00 e Varginha/MG por R$ 1.480,00.