Café: Chuvas no BR estimulam perdas de quase 200 pts nesta 3ª em NY
O mercado futuro do café arábica encerrou a sessão desta terça-feira (22) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). De acordo com análise do site internacional Barchart, os preços mais uma vez foram pressionados pela previsão de chuvas no parque cafeeiro. "As previsões até o final desta semana no Brasil estão pesando sobre os preços do café", destacou a publicação.
Setembro/21 teve queda de 195 pontos, valendo 152,10 cents/lbp, dezembro/21 registrou queda de 195 pontos, valendo 155 cents/lbp, março/22 teve baixa de 200 pontos, negociado por 157,65 cents/lbp e maio/22 registrou desvalorização de 205 pontos, valendo 159 cents/lbp.
As chuvas, no entanto, de acordo com especialistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas aliviam de certa forma o déficit hídrico, mas também podem comprometer a qualidade do café sendo colhido neste momento no Brasil.
Em relação às condições do tempo no parque cafeeiro, apesar desta terça-feira (22) ter amanhecido com áreas de instabilidade em São Paulo e no sul de Minas Gerais, as condições de chuvas são pontuais, sem precipitação generalizada, de acordo com as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Na Bolsa de Londres, o pregão também foi de desvalorização para o café tipo conilon. Setembro/21 teve queda de US$ 20 por tonelada, valendo US$ 1597, novembro/21 teve baixa de US$ 20 por tonelada, valendo US$ 1619, janeiro/22 teve queda de US$ 19 por tonelada, negociado por US$ 1633 e janeiro/22 teve baixa de US$ 19 por tonelada, valendo US$ 1633.
"O café conilon também está sob pressão depois que o relatório semestral do USDA sobre café na segunda-feira projetou que a produção global de robusta de 2021/22 aumentará 4,5%" complementa o Barchart.
Mercado interno
Acompanhando o cenário externo, os preços no Brasil tiveram queda nesta terça-feira na maior parte das praças de comercialização.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve a maior perda no dia (-1,77%) em Guaxupé/MG (Cooxupé), com R$ 832,00 a saca de 60 kg, mas segue com maior valor dentre as cooperativas. Destoando das outras praças, a Média Rio Grande do Sul (Clicmercado) saltou 0,62% no dia, para R$ 815,00 a saca.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negócio no dia Campos Gerais/MG (Coopercam), com saca a R$ 914,00. A desvalorização mais expressiva no dia (1,67%) também foi registrada em Guaxupé/MG (Cooxupé), com saca a R$ 885,00.