Últimas chuvas ajudam a pressionar preços do café em dia de baixas generalizadas

Publicado em 14/06/2021 16:58

A semana começou com desvalorização para o mercado futuro de café arábica e conilon. Em um dia de queda generalizada nas commodities agrícolas, as condições do tempo no parque cafeeiro do Brasil deram mais um suporte de queda ao mercado. 

Setembro/21 teve queda de 340 pontos, negociado por 156,20 cents/lbp, dezembro/21 também teve queda de 340 pontos, valendo 159,15 cents/lbp, março/22 registrou baixa de 340 pontos, negociado por 161,75 cents/lbp e maio/22 registrou desvalorização de 335 pontos, valendo 163,05 cents/lbp. 

O café tipo conilon com vencimento em setembro/21 teve queda de US$ 23 por tonelada, valendo US$ 1596, novembro/21 registrou baixa de US$ 22 por tonelada, valendo US$ 1616, janeiro/21 teve baixa de US$ 21 por tonelada, negociado por US$ 1631 e março/22 teve queda de US$ 21 por tonelada, valendo US$ 1643.

"As chuvas acima do normal no Brasil diminuíram as preocupações com a seca e geraram uma longa liquidação nos contratos futuros de café", destacou a análise do site internacional Barchart. A publicação comenta ainda que a Somar Meteorologia informou na segunda-feira que a precipitação em Minas Gerais, a maior região de cultivo de arábica do Brasil, foi de 15,2 mm na semana passada, ou 160% da média histórica.

Apesar das chuvas levarem certo alívio para o parque cafeeiro, o cenário ainda é de preocupação na produção do ano que vem. É importante considerar ainda que a chuva neste momento, na colheita, pode interferir na qualidade da bebida e atrapalhar na evolução dos trabalhos no campo. 

O café arábica também tem o apoio da notícia de que as exportações de café da Colômbia em maio caíram -52%, depois que bloqueios nas estradas impediram os produtores de enviar seus grãos aos portos. Os protestos são contra o novo projeto de reforma tributária do governo colombiano, anunciado em abril. A Colômbia é o segundo maior produtor mundial de arábica.

"A Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia disse recentemente que as companhias de navegação suspenderam as encomendas de carregamentos de café, uma vez que protestos e bloqueios de estradas para os portos estão interrompendo as exportações de café", complementa o Barchart. 

No Brasil, o mercado físico acompanhou o exterior e também encerrou com desvalorização nas principais praças produtoras do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 2,92% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 862,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 1,71%, valendo R$ 860,00, Patrocínio/MG teve baixa de 2,87%, valendo R$ 845,00, Varginha/MG teve queda de 2,25%, valendo R$ 870,00, Campos Gerais/MG registrou queda de 1,70%, negociado por R$ 869,00 e Franca/SP teve queda de 2,30%, valendo R$ 850,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 2,66% em Guaxupé/MG, valendo R$ 915,00, Patrocínio/MG teve baixa de 2,79%, negociado por R$ 870,00, Varginha/MG recuou 2,12%, valendo R$ 922,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 1,64%, valendo R$ 900,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 1,59%, valendo R$ 929,00.

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Preços do café estendem alta de 3 semanas e fecham sessão desta 6ª feira (22) com ganhos de mais 4% na bolsa de Londres
Café: Mesmo nas máximas em 13 anos, preços não afastam compradores e mercado ainda é bastante resiliente
Safra de café da Colômbia 24/25 projetada em 12,9 mi sacas, diz USDA
Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas decide os vencedores de 2024
Café no varejo: vendas aumentaram 1,1% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2023
Preços do café seguem em volatilidade e apresentam altas no início da tarde desta 6ª feira (22)
undefined