Em semana mais curta, café tem três altas consecutivas e finaliza sexta-feira com estabilidade

Publicado em 19/02/2021 14:01 e atualizado em 22/02/2021 08:56
Mercado atento aos estoques certificados e câmbio, que seguem ditando ritmo dos preços

Em semana curta, o mercado futuro do café arábica finalizou as cotações desta sexta-feira (19) com estabilidade para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Março/21 teve queda de 10 pontos, valendo 127,50 cents/lbp, maio/21 registrou baixa de 15 pontos, negociado por 129,15 cents/lbp, julho/21 teve queda de 20 pontos, negociado por 131 cents/lbp e setembro/21 registrou baixa de 15 pontos, valendo 132,80 cents/lbp. 

A semana também finaliza com baixas técnicas para o café tipo conilon na Bolsa de Londres. Março/21 teve queda de US$ 9 por tonelada, valendo US$ 1343, maio/21 registrou queda de US$ 11 por tonelada, valendo US$ 1369, julho/21 teve queda de US$ 11 por tonelada, negociado por US$ 1383 e setembro/21 finalizou com baixa de US$ 12 por tonelada, valendo US$ 1397.

A semana foi mais curta, mas de valorização para o café. Os contratos voltaram a subir com otimismo de uma demanda mais aquecida no Estados Unidos, principal importador do café brasileiro. A Green Coffee Association (GCA) divulgou que os estoques de café verde dos EUA em janeiro caíram 12%, para 5,84 milhões de sacas. 


Fonte: CNC

"Os contratos futuros do café subiram no acumulado da semana até ontem (18), nas bolsas internacionais, à medida que a oferta restrita e a resiliência na demanda vêm dando suporte, acima da pressão do mercado cambial", destacou a análise semanal do Conselho Nacional de Café (CNC). 

Em relação ao clima, o CNC destacou que há previsão de mais chuvas em Minas Gerais e Espírito Santo neste sábado (20). " Segundo a Somar Meteorologia, os acumulados prometem seguir elevados e com valores superiores a 80 milímetros nos Estados fluminense e capixaba e em parte do leste mineiro, região que deve ficar com chuvas fortes até o início de março", afirma. 

>>> Alta Mogiana: Crescimento da planta está com 30 dias de atraso e chuva daqui pra frente é determinante para safra de 22 de café

No Brasil, o mercado físico encerrou com estabilidade nas principais praças produtoras do país. Em relação à movimentação semanal, o CNC destacou que as cotações acompanharam a valorização internacional e também receberam suporte do avanço do dólar. Os negócios, contudo, seguiram calmos na semana, com retração vendedora e os feriados nos EUA e no Brasil.

O tipo 6 duro bica corrida teve queda de 0,75% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 665,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 707,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 700,00, Araguarí/MG por R$ 700, Varginha/MG manteve o valor de R$ 710,00 e Campos Gerais/MG manteve o valor de R$ 708,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 0,68% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 725,00. Guaxupé/MG manteve o valor por R$ 750,00, Patrocínio/MG manteve a negociação por R$ 750,00, Varginha/MG também manteve por R$ 750,00 e Campos Gerais/MG manteve o valor de R$ 768,00.

Leia Mais:

+ CNC reforça ações parlamentares em defesa da cafeicultura

+ Conab: Estoques de café certificado em Nova Iorque estão em alta

+ MG: Agricultores familiares investem na produção sustentável de cafés especiais

 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Café: Safra é mais rápida, mas rendimento no Brasil preocupa e cotações avançam
Sebrae Minas, Senai e Expocacer assinam parceria que beneficiará cafeicultores do Cerrado Mineiro
Confirmando volatilidade esperada, bolsas voltam a subir e arábica avança para 240 cents/lbp
Região do Cerrado Mineiro lança campanha inédita para proteger origem autêntica de seu café
Com safra andando bem no Brasil, café abre semana com estabilidade
Café tem semana de ajustes nos preços e pressão da safra brasileira derrubando preços