Café: Nova York começa 4ª feira com desvalorização técnica; Londres abre com baixas

Publicado em 07/10/2020 09:00

O mercado futuro do café arábica abriu o pregão desta quarta-feira (7) com poucas variações para as principais referências na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Os últimos dias foram de estabilidade para o café, em um momento em que todo o setor aguarda pelo retorno efetivo das chuvas nas áreas produtoras do Brasil. 

Por volta das 08h56 (horário de Brasília), dezembro/20 tinha queda de 100 pontos, valendo 106,65 cents/lbp, março/21 registrava baixa de 95 pontos, negociado por 108,90 cents/lbp, maio/21 tinha desvalorização de 100 pontos, valendo 110,45 cents/lbp e julho/21 registrava queda de 75 pontos, valendo 112,25 cents/lbp. 

Durante o último pregão, a Federação de Nacional dos Cafeicultores da Colômbia (FNC) divulgou uma queda de 9% na produção de café tipo arábica em setembro. De acordo com a publicação, a produção colombiana atingiu 995 mil sacas de 60 quilos no mês passado, contra 1.088 sacas produzidas em setembro de 2019.

>>> Produção de café colombiano cai 9% em setembro; Exportação cai 6% nos últimos 12 meses

Minas Gerais enfrenta o déficit hídrico mais intenso dos últimos anos e o produtor aguarda pelo retorno das chuvas, para tentar minimizar os impactos da seca na próxima produção. Segundo o professor José Donizete Alves - Pesquisador da UFL, as baixas para a safra 21 já existem, mas ainda não é possível quantificá-las. Além da falta de chuva, as altas temperaturas também castigam os cafezais. 

Segundo Paulo Sentelhas, professor da Esalq/USP com especialização em agroclimatologia, a chuva deve continuar irregular até novembro em toda área de produção de café arábica do Brasil. "A expectativa é de que as chuvas voltem a partir do fim de outubro e que a estação chuvosa se restabeleça mesmo em novembro", comentou no Fórum Café e Clima, promovido pela Cooxupé. Assista aqui

Em Londres, o café tipo conilon abriu o pregão mantendo as baixas da última sessão. Novembro/20 tinha queda de US$ 19 por tonelada, valendo US$ 1236, janeiro/20 registrava baixa de US$ 19 por tonelada, negociado por US$ 1260, março/21 tinha queda de US$ 15 por tonelada, valendo US$b 1280 e maio/21 registrava baixa de US$ 17 por tonelada, valendo US$ 1296.

Mercado Interno - Última sessão

O tipo 6 bebida dura bica corrida manteve o valor de R$ 552,00 em Guaxupé/MG. Poços de Caldas/MG manteve o valor de R$ 510,00, Araguarí/MG manteve o valor de R$ 550,00, Varginha/MG manteve a negociação por R$ 550,00 e Campos Gerais/MG manteve a cotação por R$ 543,00 e Patrocínio/MG teve queda de 0,93%, estabelecendo os preços por R$ 530,00.

O tipo cereja descascado manteve o valor de R$ 595,00 em Guaxupé/MG, Poços de Caldas/MG manteve o valor de R$ 560, Varginha/MG manteve a negociação por R$ 600,00 e Campos Gerais/MG manteve o valor de R$ 603,00 e Patrocínio/MG registrou queda de 0,85%, negociado por R$ 580,00.

Tags:

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Preços do café estendem alta de 3 semanas e fecham sessão desta 6ª feira (22) com ganhos de mais 4% na bolsa de Londres
Café: Mesmo nas máximas em 13 anos, preços não afastam compradores e mercado ainda é bastante resiliente
Safra de café da Colômbia 24/25 projetada em 12,9 mi sacas, diz USDA
Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas decide os vencedores de 2024
Café no varejo: vendas aumentaram 1,1% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2023
Preços do café seguem em volatilidade e apresentam altas no início da tarde desta 6ª feira (22)
undefined