Conilon: Tempestade Noul deve levar muita chuva e atingir o cinturão cafeeiro do Vietnã

Publicado em 18/09/2020 11:45 e atualizado em 21/09/2020 17:11

De acordo com informações publicadas pela Bloomberg, a tempestade Noul que estava prevista para atingir o Vietña perdeu intensidade e se tornou uma depressão tropical ao atingir a costa central do Vietña, mas ainda levendo chuvas de 100 a 300 milímetros e ventos fortes, de acordo com informações de previsão do tempo nacional em seu site. 

A previsão da Bloomberg indica ainda que o cinturão cafeeiro do país nas Terras Altas Centrais deve receber chuvas de 50 a 100 milímetros entre a noite desta sexta-feira (18) e o sábado. A expectativa é que o Vietnã faça a colheita da nova safra entre outubro e janeiro. 

Destruição 

Mais de 1.700 casas na região central tiveram telhados destruídos, relatou Tuoi Tre. Prevêem-se chuvas moderadas a fortes nas províncias centrais de Quang Binh a Nghe An esta tarde e à noite, enquanto as províncias do delta norte e da província de Thanh Hoa verão chuvas de 100 a 150 milímetros esta noite até 20 de setembro, informou o centro.

Pelo menos uma pessoa morreu na tempestade e 29 outras ficaram feridas quando as árvores foram arrancadas enquanto os ventos atingiam 90 quilômetros por hora com rajadas de até 115 quilômetros por hora, relatou o jornal Tuoi Tre, citando o comitê nacional de prevenção e controle de desastres naturais.

Excesso de chuvas e La Niña

Vale lembrar que a confirmação de um La Niña pode impactar diretamente na qualidade do café conilon produzido no país. A Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA) confirmou na semana passada a atuação de um La Niña em 2020. Segundo o NOAA, a condição de La Niña deve permanecer até o Verão no hemisfério sul. O pico do La Niña deve acontecer entre os meses de novembro e janeiro.

O excesso de chuvas no momento da colheita pode atrasar os trabalhos nas lavouras, podendo até diminuir os números de produção. A safra de conilon do Vietña é muito esperada pelo mercado e já há indicação de quebra de 3,5% na produção deste ano. 

Com informações da Bloomberg*

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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