Café: Arábica e Conilon finalizam com realização de lucros; condições do clima no BR pode ditar ritmo de mercado
As cotações do mercado futuro do café finalizam o dia com poucas movimentações em uma sessão de realização de lucros para os principais contratos após altas expressivas nas duas últimas sessões. As condições do clima no Brasil para a florada pode voltar a ditar os preços no mercado nos próximos dias.
O café tipo arábica, na Bolsa de Nova York (ICE Future US), o contrato com vencimento dezembro/20 teve queda de 10 pontos, valendo 131,30 cents/lbp, março/21 teve alta de 5 pontos, negociado por 131,80 cents/lbp, maio/21 manteve o valor de 132,65 cents/lbp e julho/21 manteve o preço por 133,45 cents/lbp.
O café tipo conilon, na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), as principais referências finalizaram o pregão com recuo de U$ 23 por tonelada. Novembro/20 encerrou valendo U$ 1440, janeiro/21 negociado por U$ 1448m, março/21 negociado por U$ 1460 e julho/21 valendo U$ 1486.
"Os preços do café apresentaram tendência de alta nas últimas três semanas devido à queda dos estoques, com o café arábica registrando uma alta de 8 meses na terça-feira e o café robusta apresentando uma alta de 1 ano e meio", destacou o site internacional Barchart.
Os estoques de café monitorados da ICE chamaram atenção do mercado após uma baixa de dois anos, com 1,232 milhões de sacas nos últimos dias. Do lado contrário, uma nova projeção da Organização Internacional do Café (OIC) limitaram os ganhos no mercado futuro. "Os preços do café também têm suporte nos dados de terça-feira da ICO, que mostraram que as exportações globais de café de 2019/20 durante outubro-julho caíram -5,3%, para 106,59 milhões de sacas", afirma a análise.
As condições do clima no Brasil, para a próxima produção, também já entram no radar do mercado. Segundo o Barchart, clima seco em Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, pode levar a menores safras de café e está otimista para os preços do café. A Somar Meteorologia disse quarta-feira que a expectativa é de chuvas limitadas nos próximos dias e que os níveis de umidade do solo mineiro estão atualmente de 20% a 30%, abaixo do nível ideal de 60% para o desenvolvimento da cultura.
Brasil
A Cooxupé divulgou que a colheita atingiu 92,54% da área até o último dia 28 de agosto. Em relação a igual período de 2019, os trabalhos de campo estão 5,26 pontos porcentuais atrasados pois, naquela semana do ano passado, 97,80% da safra de bienalidade negativa já havia sido colhida. Na comparação com 2018 (91,84%) - ano de binualidade positiva, como este ano -, os trabalhos estão 0,70 ponto porcentual avançado.
A região de atuação da cooperativa que tem os trabalhos mais adiantados é a de São Paulo, com 98,32% (ante 96,86% na semana passada). Em seguida, vem o sul de Minas Gerais, com 97,09% (ante 94,48%) e, por fim, o cerrado mineiro, com 84,13% (79,13% na semana passada).
No Brasil, o mercado físico segue acompanhando a entrada da safra brasileira nos armazéns e os preços finalizaram próximo da estabilidade.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,80% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 620,00. Araguarí/MG registrou queda de 0,81%, negociado por R$ 610,00, Franca/SP teve recuo de 0,79%, valendo R$ 625,00. Guaxupé/MG manteve os preços por R$ 642,00, Varginha/MG manteve o valor de R$ 625,00 e Campos Gerais/MG manteve a negociação por R$ 625,00.
O tipo cereja descascado tever queda de 0,74% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 670,00. Guaxupé/MG manteve o valor de R$ 685,00, Varginha/MG manteve o valor de R$ 680,00 e Campos Gerais/MG manteve a negociação por R$ 700,00.