Café mantém a estabilidade em Nova York, enquanto físico volta a ter negócios por R$ 500,00

Publicado em 24/06/2020 16:34

A quarta-feira (24) termina com mais uma sessão sem grandes variações para o mercado futuro do café arábica. A Bolsa de Nova York (ICE Future US) encerrou com altas e baixas técnicas em um momento em que o mercado acompanha o trabalho de colheita não só no Brasil, mas em outros importantes polos produtores como América Central e Colômbia. 

Julho/20 teve alta de 40 pontos, negociado por 96,65 cents/lbp, setembro/20 teve baixa de 40 pontos, valendo 97,80 cents/lbp, dezembro/20 registrou baixa de 35 pontos, valendo 100,05 cents/lbp e março/21 teve baixa de 25 pontos, valendo 102,15 cents/lbp. 

>>> Café: Colheita está mais lenta no Brasil, na América Central e na Colômbia; momento é de estabilidade para os preços

Eduardo Carvalhaes, analista do Escritório Carvalhaes, destaca que o mercado acompanha de perto os trabalhos de colheita no Brasil e nos demais países produtores. "Eles observam como vai a colheita no Brasil, América Central e na Colômbia. Há relatos de todo lado de dificuldades maiores esse ano devido a pandemia. Os produtores aqui no Brasil e na América Central procuram trazer gente de cidade mais perto e isso implica com pessoas com menos experiência e que não colhem com tanta eficiência e tanto cuidado como pessoas experientes que colhem todo ano", afirma. 

Quanto aos negócios, Carvalhaes destaca mais uma vez os baixos estoques nas principais regiões produtoras do país.  Frisando ainda que o produtor que ainda tem café disponível escolhe não vender nos preços atuais. "É uma época de acompanhamento, é natural que essa época do ano seja assim", afirma o analista. 

A colheita de café dos cooperados da Cooxupé havia alcançado 22,88% da área até 19 de junho, ante 43,5% no mesmo período de 2019 e 22,93% na mesma época de 2018, de acordo com boletim da maior cooperativa de cafeicultores do Brasil divulgado nesta quarta-feira.

>>> Colheita de café da Cooxupé atinge 22,88% do total até 19 de junho

Para as movimentações desta quarta-feira, o site interncional Barchart mais uma vez destacou o câmbio para as baixas em alguns contratos. "Os preços do café desistiram do avanço antecipado e fecharam em queda depois que o real caiu -3,12% em relação ao dólar. Um real mais fraco incentiva a venda de exportação pelos produtores de café do Brasil", afirmou em sua análise diária. 

No mercado físico, Eduardo destaca que o dia também foi tranquila, com negócios sendo fechados apenas no período da tarde e motivados pela alta do dólar. Os preços para alguns tipo de bebida voltaram a ser registrados acima dos R$ 500 nesta quarta-feira. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 2,01% em Guaxupé/MG, valendo R$ 507,00. Poços de Caldas/MG registrou valorização de 2,04%, negociado por R$ 500,00. Patrocínio/MG também fechou o dia por R$ 500,00 e valorização de 2,04%. A alta mais expressiva foi registrada na praça de Varginha/MG, com alta de 4,04% e negociado por R$ 515,00. 

O tipo cereja descascado teve valorização de 1,78% em Guaxupé/MG, valendo R$ 572,00. Poços de Caldas/MG registrou alta de 1,72%, valendo R$ 590,00. Patrocínio/MG teve alta de 1,85%, negociado por R$ 550,00. Varginha/MG subiu 0,92%, negociado por R$ 550,00. 

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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