Café tem dia de baixas em Nova York e mercado físico segue travado nas principais regiões

Publicado em 09/06/2020 16:22 e atualizado em 09/06/2020 17:09
Analista destaca que preços não devem registrar grandes mudanças nos próximos dias

A terça-feira (9) finalizou com movimentações de baixas para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Além da alta do dólar neste pregão, a entrada da nova safra também continua pressionando os preços no exterior e analista acredita que os preços não devam sofrer grandes alterações nos próximos dias. 

 

 
Julho/20 encerrou com queda de 110 pontos, valendo 97,80 cents/lbp, setembro/20 teve queda de 100 pontos, valendo 99,70 cents/lbp, dezembro/20 registrou valorização de 105 pontos, negociado por 101,85 cents/lbp e março/21 encerrou com baixa de 105 pontos, valendo 105,55 cents/lbp. 

Para o analista de mercado Luiz Fernando M. Monteiro, da Terra Investimentos, com a instabilidade cambial e com as previsões de tempo estável nas principais regiões produtoras do café - que favorecem os trabalhos de colheita, a tendência é de que o mercado continue trabalhando nos patamares atuais, podendo inclusive, romper a barreira dos 95 cents/lbp. 
 

 

"O mercado segue nesta tendência de pressão neste últimos dias e realmente a entrada da safra é um dos fatores que ajudam pressionar os preços e temos vistos a alta do dólar e teoricamente ajuda a pressionar os preços da commoditie do café", afirma Luiz.

>>> Café: Mercado futuro não deve ter mudanças expressivas; nova safra e tempo estável no Brasil pressionam os preços

 

 
O site interncional Barchart, assim como Luiz Fernando, também destaca o tempo estável no Brasil nos movimentos de baixas na Bolsa. "Os preços do café na terça-feira estavam sob pressão sobre as perspectivas para a safra de café do Brasil acelerar, uma vez que as condições secas no Brasil impulsionam o ritmo da colheita de café do país. A Somar Meteorologia informou na segunda-feira que as chuvas em Minas Gerais foram de apenas 15,1 mm na semana passada, ou 82% da média histórica", afirmou em sua análise diária. 

 

 
Falando em mercado físico, o analista reforça que os estoques estão baixos e que o produtor aproveitou as altas do mercado para fechar bons negócios. "Desde o fim do ano passado tivemos altas muito boas e o mercado ficou muito bom e interessante para o produtor, que aproveitou isso e vendeu bem", destaca. 

 

 

Os preços nesta terça-feira no Brasil, finalizaram com movimentações mistas nas principais regiões produtoras do país. 

O tipo 6 duro manteve a estabilidade por R$ 485,00. Poços de Caldas/MG registrou alta de 0,43%, negociado por R$ 462,00. Araguarí/MG registrou queda de 2,04%, valendo R$ 480,00. Varginha/MG registrou desvalorização de 1,11%, negociado por R$ 445,00. 

O tipo 4/5 teve alta de 0,43%, valendo R$ 472,00. Varginha/MG registrou queda de 1,09%, negociado por R$ 455,00. Franca/SP manteve a estabilidade por R$ 480,00.

O tipo cereja descascado manteve a estabilidade em Guaxupé/MG por R$ 552,00. Poços de Caldas/MG registrou alta de 0,36%, valendo R$ 552,00. Varginha/MG registrou queda de 0,86%, valendo R$ 575,00. Patrocínio/MG manteve a estabilidade por R$ 535,00 e Campos Gerais/MG não registrou variações, sendo negociado por R$ 540,00.

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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