Café inicia junho com valorização para os principais contratos, mas para analista mercado deve sentir pressão nos próximos dias

Publicado em 01/06/2020 17:00 e atualizado em 02/06/2020 09:50

O mercado futuro do café arábica começa o mês de junho com valorização na Bolsa de Nova York (ICE Future US). A Organização Internacional do Café (OIC) cortou na segunda-feira sua estimativa global de superávit 2019/20 para 1,85 milhão de sacas.

Julho/20 teve alta de 200 pontos, valendo 98,30 cents/lbp, setembro/20 registrou valorização de 185 pontos, negociado por 100 cents/lbp, dezembro/20 registrou alta de 170 pontos, valendo 102,25 cents/lbp e março/21 subiu 165 pontos, valendo 104,45 cents/lbp. 

As altas desta segunda-feira (1) recuperam parte da perda das últimas sessões, quando o mercado reagiu aos números do USDA de 67,9 milhões de sacas previstas para 2020/21. Para o analista de mercado Rodrigo Costa o cenário para o mercado de café na Bolsa de Nova York (ICE Future US), deve ser de pressão nos preços no segundo semestre. O analista destaca que diferente do que era esperado no começo de 2020, o setor não contava com uma pandemia tão severa e de grandes impactos, como a Covid-19.

Rodrigo destacou ainda que as quedas não podem ser atreladas apenas à isso, mas também pelas questões cambiais. Segundo o especialista, a entrada da nova safra também pode ajudar a pressionar os preços no exterior e a tendência, na visão do analista, é que os preços continuem próximos aos praticados nesta segunda. 

>>> Café: Consumo nos EUA deve ter queda de 2% em 2020; NY pode registrar mais baixas nos próximos dias

"Os preços do café continuam sob pressão devido à preocupação de que a queda induzida pela pandemia na economia global reduza a demanda de café", destacou o site internacional Barchart em sua análise diária. O analista Rodrigo Costa também acredita em uma mudança no consumo do café. Segundo o analistas, para os Estadados Unidos já é estimado uma baixa de 2% no consumo do café.

Já no mercado físico, as cotações finalizaram o primeiro pregão do mês com movimentações mistas nas principais praças produtoras do país. 

O tipo 6 duro manteve a estabilidade por R$ 530,00 em Guaxupé/MG. Poços de Caldas/MG teve queda de 3,92%, valendo R$ 490,00, Araguarí/MG registrou baixa de 1,79%, valendo R$ 550,00, Campos Gerais/MG registrou queda de 1,35%, valendo R$ 511,00. Em Espírito Santo do Pinhal/SP, a baixa foi de 5% e os preços negociados por R$ 570,00. Já em Patrocínio/MG foi registrada alta de 0,95%, valendo R$ 530,00. Varginha/MG registrou valorização de 0,91%, negociado por R$ 555,00. 

O tipo 4/5 teve queda de 3,85%, valendo R$ 500,00. Varginha/MG registrou alta de 0,89%m, valendo R$ 565,00 e Franca/SP manteve a estabilidade por R$ 530,00.

O café tipo cereja descascado manteve a estabilidade em Guaxupé/MG por R$ 595,00. Poços de Caldas/MG teve queda de 1,72%, valendo R$ 570,00. Patrocínio/MG subiu 0,87%, negociado por R$ 580,00, Varginha/MG teve valorização de 0,85%, negociado por R$ 590,00. Campos Gerais/MG registrou queda de 1,22%, valendo R$ 565,00.

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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