Estados Unidos é o principal comprador de café solúvel brasileiro
Segundo dados do levantamento mensal da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), as exportações de café solúvel do Brasil atingiram 606.061 sacas de 60 kg no primeiro bimestre de 2020, apresentando crescimento de 9,17% na comparação com as 555.149 sacas enviadas ao exterior no mesmo intervalo do ano passado.
No acumulado de janeiro e fevereiro, a receita cambial com os embarques avançou 4,90% em relação ao primeiro bimestre de 2019, saltando de US$ 82,542 milhões para os atuais US$ 86,589 milhões.
“A evolução das exportações de café solúvel segue firme em 2020, com os crescimentos em volume e receita ainda não sinalizando qualquer impacto das implicações econômicas mundiais provocadas pelo coronavírus”, destaca o diretor de Relações Institucionais da Abics, Aguinaldo Lima. De acordo com ele, os embarques atuais se referem às vendas realizadas há pelo menos seis meses, não implicando, portanto, surpresas negativas nas exportações de curto prazo.
Os principais destinos do café solúvel brasileiro no primeiro bimestre de 2020 foram os Estados Unidos, com a importação de 119.760 sacas (+29,1%) e investimentos de US$ 16,4 milhões, seguido da Rússia, com 69.031 sacas e US$ 10,5 mi; Japão, com 45.961 sacas e US$ 8,2 mi; Indonésia, com 34.001 sacas e US$ 3,987 mi; e Ucrânia, com 27.459 sacas e US$ 4,226 milhões.
Aguinaldo chama a atenção para o fato de grandes países produtores de café em grão e industrializado figurarem entre os principais destinos do produto nacional. “A Indonésia e o México, 12º no ranking do primeiro bimestre, destacam-se como grandes clientes do café solúvel brasileiro”, aponta.
Do volume total de café solúvel exportado pelo Brasil em janeiro e fevereiro, 72,6% (439.969 sacas) se referem a spray dried, 21,7% (131.527 sacas) a freeze dried, 3% (18.398 sacas) a coffee preparation e 2,7% a extratos (16.167 sacas).