CNC fecha parcerias para otimizar renda ao produtor
O Conselho Nacional do Café (CNC) vem realizando uma série de negociações e parcerias, em novembro, para potencializar seu foco de atuação na geração de renda ao cafeicultor do país.
Pensando na redução dos custos de produção, o presidente da entidade, Silas Brasileiro, recebeu, no dia 13, o presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), Ademar Silva Junior, e o assessor técnico da estatal, Juarez Tavora.
"Tratamos de uma parceria com a Anater para a implantação de projetos na área de assistência técnica e extensão rural que, entre outros pontos, permitam aumentar a competitividade e a renda de pequenos e médios produtores de café, visando à redução de custos por meio da otimização do trabalho no campo", destaca.
O presidente do CNC recorda que já há sinergia nesse sentido com a Associação Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), com quem o Conselho assinou acordo de cooperação técnica e vem realizando diversas atividades voltadas aos extensionistas das estatais e das cooperativas e a produtores de café.
"O clima é uma preocupação constante para o cafeicultor brasileiro, por isso, através da parceria com a Asbraer, realizamos, na quinta-feira passada (14), um webinário com o Instituo Nacional de Meteorologia (Inmet), que apresentou o histórico e a previsão do tempo para o cinturão cafeeiro", aponta.
O CNC também atuou em relação ao aprimoramento dos números da cafeicultura nacional. No dia 12, a entidade, os membros de seu Comitê de Estatísticas e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniram com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para exposição e alinhamento dos trabalhos de metodologia de levantamento de custos de produção de café arábica e conilon utilizada pela estatal, em Brasília (DF).
“No encontro, foram detalhados os pacotes tecnológicos, regiões consideradas e como são feitas as atualizações semestrais pela Companhia. Nosso objetivo foi aprimorar as estatísticas da cafeicultura brasileira e trazer uma transparência ainda maior ao mercado”, revela Silas Brasileiro.
Em relação a questões voltadas à sustentabilidade, o CNC vem estruturando uma parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
Também na semana passada, o presidente do Conselho se reuniu com Hernan Chiriboga, representante da organização no Brasil. "O contato visa ao fechamento de parceria entre as entidades, de forma a se alcançar renda adicional a cafeicultores por prestação de serviços ambientais", antecipa.
Com base nas atividades e parcerias que está firmando, o CNC elaborou uma agenda positiva de trabalho para a cafeicultura nacional, a qual tem foco voltado à geração de renda aos produtores e a entregou à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.
"Temos três formas para gerar renda ao cafeicultor: reduzir custos, obter novas fontes pagadoras por serviços sustentáveis e trabalharmos em conjunto com as indústrias de torrefação, para ampliarmos o consumo interno, e de solúvel, para a abertura e conquista de novos mercados, e com os exportadores, que fomentam nossos embarques como um todo. Apresentamos nossas ideias à ministra, que é grande aliada da cafeicultura brasileira, e certamente contaremos com o apoio institucional do Mapa para a realização de grandes e impactantes ações aos Cafés do Brasil", finaliza o presidente do CNC.