Café: Após 5 quedas seguidas, cotações encerram a terça-feira com altas de 1,5% em NY

Publicado em 06/08/2019 17:21

Após cinco dias seguidos acumulando perdas, os vencimentos do café arábica encerraram a terça-feira (06) contabilizando valorizações entre 140 e 145 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures Group).

O contrato Setembro/19 teve alta de 140 pontos, a 97,05 cents/lb. Para o contrato Dezembro/19, a valorização foi de 145 pontos, a 100,60 cents/lb. Março/20 acumulou ganhos de 140 pontos, a 104,15 cents/lb e Maio/20, elevação de 145 pontos, a 106,50 cents/lb.

Esses números representaram ganhos de 1,46 % para o setembro/19, 1,46% para o dezembro/19, 1,36% para o março/20 e 1,38% para o maio/20, com relação ao fechamento da última segunda-feira (05).

Segundo informações de Jack Scoville, analista de grãos do Blog Price Group, as altas desta terça-feira vieram com a possibilidade dos produtores de café segurarem as vendas em busca de preços melhores e de possíveis complicações na safra brasileira.

“A colheita do Brasil está se movendo e os produtores estão tentando armazenar a safra devido aos baixos preços atuais. Os relatórios indicam que os rendimentos não são realmente fortes e que a qualidade da cultura é fraca devido ao clima extremo visto no início da estação de crescimento”, diz Scoville.

As preocupações sobre a oferta também atingem a próxima safra brasileira e a qualidade da produção no Vietnã. “Há previsões de chuvas que podem criar floração prematura para a próxima safra e os produtores estão mostrando alguma preocupação. O Vietnã também está relatando rendimentos mais baixos para a safra atual, já que o clima não era bom para a floração no início do ano. Houve alguns períodos quentes e secos que prejudicaram a produção e a qualidade desses cultivos”, aponta o analista.

Mercado Interno

No mercado brasileiro a maioria das movimentações também aconteceram do lado positivo das cotações.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé/MG com saca a R$ 460,00 – com estabilidade. Já a maior oscilação aconteceu em Poços de Caldas/MG que teve alta de 1,14% e a saca valendo R$ 445,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca/SP com a saca negociada por com a saca negociada por R$ 415,00 e valorização de 2,47%, a maior registrada para o tipo.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé/MG com saca a R$ 411,00 sem movimentações. A maior alta foi registrada em Franca/SP, 2,50%, e R$ 410,00 a saca.

Ainda nesta terça-feira, a Cooxupé divulgou boletim reportando que a colheita de café dos seus cooperados havia atingido 87,35% da área total até o dia 2 de agosto, avanço de cerca de 5 pontos percentuais em uma semana.

As atividades estão mais aceleradas ante o mesmo período do ano passado (72%), quando a safra foi maior, e também em ritmo mais forte na comparação com 2017 (82,86%), outro ano de baixa produtividade do arábica.

No que diz respeito à oferta, a Cooxupé citou estimativa de produção de 7,6 milhões de sacas por seus associados neste ano, mesmo número divulgado anteriormente. No ano passado, a colheita atingiu 8,4 milhões de sacas.

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira:

>> CAFÉ

Tags:

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Com 75% de área colhida, recebimento da Cooxupé deve ficar abaixo de 7 milhões de sacas na safra 24
Café: Mercado limita baixas, mas ainda opera com desvalorização
Brasil amplia exportação e consumo de café solúvel no primeiro semestre de 2024
Café abre agosto recuando mais de 300 pontos em Nova York
Negócios de café seguem lentos no Vietnã, prêmios caem na Indonésia
Safra de café do Brasil em 2025 pode ter perdas devido ao clima, diz Cooxupé