Café: Bolsa de NY fecha sessão desta 6ª com alta de mais de 200 pts acompanhando câmbio e fatores técnicos
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta sexta-feira (18) com alta de mais de 200 pontos. O mercado teve um dia de suporte do câmbio e fatores técnicos. Na semana, houve queda acumulada 1,06% nos preços.
O vencimento março/19 fechou o dia com alta de 255 pontos, a 104,95 cents/lb e o maio/19 registrou 108,05 cents/lb e avanço de 250 pontos. O julho/19 anotou 110,75 cents/lb com 250 pontos de ganhos e o setembro/19 teve 110,75 cents/lb e 250 pontos de valorização.
O mercado externo do arábica registrou alta expressiva neste último pregão da semana depois de fechamento estável na véspera. As cotações da variedade, no entanto, estendem os ganhos de quarta-feira. Operadores acompanharam o câmbio e fatores técnicos.
Apesar de fechar com leve alta, o dólar comercial chegou a recuar em parte do dia e deu suporte aos preços externos do arábica. A divisa registrou alta 0,22%, cotada a R$ 3,7559 na venda, acompanhando as negociações do acordo entre China e Estados Unidos.
"O único mercado que está subperformando é a moeda, graças a um misto de sentimento global e ausência de fluxos de entrada. Em vez disso, os locais estão concentrando o risco nos DIs e ações", disse para a Reuters um profissional da tesouraria.
O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) divulgou nesta terça-feira que as exportações de café do Brasil totalizaram 35,2 milhões de sacas de 60 kg no ano passado. Um aumento de 13,9% em relação ao ano de 2017. A receita cambial no período alcançou US$ 5,1 bilhões.
"Dezembro registrou boas notícias para a exportação de café. Os volumes apontaram não só uma boa performance no mês, como também para os resultados de fechamento do ano civil. As exportações de 2018 marcaram uma recuperação fantástica em relação a 2017, com incremento de quase 14%", afirma o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou na quinta-feira (17) o primeiro levantamento da safra 2019/20 de café. A produção foi apontada entre 50,48 e 54,48 milhões de sacas de 60 kg beneficiadas. O resultado representa uma queda ante a temporada anterior.
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Mercado interno
O mercado brasileiro seguiu com negócios isolados na semana. "Grande parte dos produtores de café arábica está retraída das negociações, devido ao recuo acentuado das cotações nos últimos meses e às expectativas de uma temporada 2019/20 satisfatória", destacou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 453,00 e alta de 3,42%. Foi a maior oscilação no dia.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 425,00 e queda de 1,16%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 1,49% e saca a R$ 410,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 425,00 e alta de 3,66%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
Na quinta-feira (17), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 407,61 e alta de 0,88%.