Café: Bolsa de Nova York encerra sessão desta 5ª com alta de mais de 150 pts com queda do dólar e ajustes
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quinta-feira (20) com alta de mais de 150 pontos. O mercado externo do grão teve suporte do câmbio durante o dia e realizou ajustes depois de quase perder o patamar de US$ 1,00 por libra-peso.
O vencimento março/19 fechou o dia com alta de 165 pontos, a 102,50 cents/lb e o maio/19 teve avanço de 165 pontos, cotado a 105,65 cents/lb. Já o julho/19 registrou na sessão 111,20 cents/lb com valorização de 160 pontos e o setembro/19 registrou 111,20 cents/lb e 170 pontos de ganhos.
Pela segunda sessão consecutiva, o mercado do arábica na ICE registrou alta. Um movimento corretivo passou a ser visto no terminal depois de o principal vencimento se aproximar do patamar de US$ 1/lb nos últimos dias repercutindo informações otimistas sobre a oferta global de café na safra 2018/19.
Ainda nesta quinta, a consultoria Safras & Mercado renovou o otimismo com a oferta de café na atual temporada ao estimar uma produção recorde no país de e 63,7 milhões de sacas de 60 kg após verificações em entidades do setor, mas o mercado seguiu sua trajetória altista.
"Relatos de produtores, apontando resultado acima do esperado, e os armazéns cheios de café, antecipavam que a produção em 2018 era maior que a esperada inicialmente", disse o analista de mercado da Safras, Gil Carlos Barabach. Ante 2017, houve um crescimento de 25,4% na safra.
Além dos ajustes, o mercado também sentiu forte suporte do câmbio nesta quinta-feira, segundo informam agências internacionais. "O real mais forte reduz o incentivo para os produtores de café do Brasil aumentarem as exportações", destacou o site internacional Barchart.
O dólar comercial fechou o dia com queda de 0,53%, cotado a R$ 3,8521 na venda, acompanhando o exterior e intervenção do Banco Central. De acordo com informações da agência de notícias Reuters, a moeda estrangeira oscilou entre a mínima de R$ 3,8347 e a máxima de R$ 3,8768.
Mercado interno
Acompanhando a queda no cenário internacional nos últimos dias, o mercado brasileiro segue parado. Além disso, grande parte dos compradores e vendedores está retraída com a aproximação do final do ano, limitando os negócios, segundo destacou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 443,00 – estável. A oscilação mais expressiva foi registrada em Lajinha (MG) com alta de 1,20% e saca a R$ 420,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 420,00 – estável. Não houve oscilação nas praças.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 e estabilidade. A maior oscilação ocorreu em Lajinha (MG) com valorização de 5,13% e saca a R$ 410,00.
Na quarta-feira (19), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 412,39 e queda de 0,24%.