Café: Bolsa de Nova York avança mais de 200 pts nesta tarde de 6ª com suporte do dólar e ajustes
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de mais de 250 pontos nesta tarde de sexta-feira (28). O mercado externo do grão tem novo suporte da desvalorização do dólar ante o real e também se ajusta tecnicamente. Os ganhos da véspera são estendidos.
Por volta das 12h03 (horário de Brasília), o contrato dezembro/18 tinha alta de 255 pontos, a 101,85 cents/lb e o março/19 anotava 105,20 cents/lb com avanço de 255 pontos. Já o vencimento maio/19 trabalhava com ganhos de 260 pontos, a 107,60 cents/lb e o julho/19 tinha avanço de 255 pontos, a 109,95 cents/lb.
O mercado externo do arábica tem testado recuperação técnica nos últimos dias depois de recuar para mínimas de mais de 10 anos na semana passada. Com esse novo avanço, os principais vencimentos do grão na ICE já retomam o patamar de US$ 1 por libra-peso. Essa é terceira alta consecutiva do grão.
O câmbio também tem sido importante fator de suporte ao mercado do arábica. Às 12h08, o dólar comercial recuava 0,04%, cotado a R$ 3,993 na vendam, com influência do exterior e cenário eleitoral. A divisa mais baixa tende a desencorajar as exportações. O Brasil é o maior produtor e exportador de café.
Apesar do atual momento de baixos preços futuros, o analista do Rabobank, Guilherme Morya, disse em entrevista ao Notícias Agrícolas que o mercado pode buscar recuperação ainda neste ano com o ciclo baixo na próxima safra do Brasil e atenção ao fenômeno climático El Niño.
"A gente enxerga que neste momento o fator câmbio não colabora no curto prazo, porém, o fundamento como um todo do café é que o próximo ciclo será menor e naturalmente teremos uma menor oferta no mercado", disse o analista em relação aos baixos preços do mercado.
No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 400,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 410,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 394,00 a saca.