Café: Bolsa de Nova York reage e sobe mais de 200 pts nesta 4ª feira após mínimas de 12 anos na véspera

Publicado em 05/09/2018 17:53

Os contratos futuros do café arábica fecharam a sessão desta quarta-feira (05) com alta de mais de 200 pontos apoiados por ajustes técnicos. O mercado externo reagiu depois de testar mínimas de 12 anos na véspera com influência do câmbio sobre as cotações, fator que impacta as commodities.

O vencimento dezembro/18 fechou o dia com alta de 235 pontos, a 103,80 cents/lb e o março/19 anotou avanço de 235 pontos, a 107,10 cents/lb. Já o contrato maio/19 registrou 109,40 cents/lb com 235 pontos de valorização e o julho/19 anotou 111,75 cents/lb com 235 pontos de ganhos.

O mercado voltou a subir com suporte técnico e demostrou forças depois de recuar nas últimas cinco sessões. Segundo a Reuters internacional, os preços externos do grão também tiveram suporte no dia das coberturas de vendidos, com os especuladores segurando muitas posições líquidas vendidas.

Além disso, o câmbio passou a contribuir com o mercado diante de uma pequena reação do real ante o dólar, de acordo com operadores externos. O dólar comercial recuou 0,23%, a R$ 4,1436 na venda, em alívio com as tensões externas e um cenário político que ainda demanda cautela.

"O exterior deu uma boa melhorada. Acabamos acompanhando", afirmou para a agência de notícias Reuters o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva. As oscilações do dólar impactam diretamente nas commodities porque as transações de exportações são todas feitas na moeda externa.

Do lado fundamental, não há novidades. A colheita na área da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) atingiu 91,84% até o dia 31 de agosto. Os trabalhos na área de abrangência da maior cooperativa de café do mundo avançaram pouco mais de dois pontos percentuais de uma semana para a outra.

A OIC (Organização Internacional do Café) reportou nesta quarta que as exportações globais em julho tiveram um leve salto de 4,6% em comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 10,11 milhões de sacas de 60 kg.  As exportações de arábica no período ficaram em 6,12 milhões de sacas, com alta de 4,6%.

Leia mais:
» Exportação global de café sobe 4,6% em julho na comparação anual, diz OIC

Mercado interno

Os negócios no mercado brasileiro continuam lentos, mas os preços nesta quarta tiveram avanço ou ficaram na estabilidade. Alguns produtores ainda estão atentos com a colheita. "Pesquisadores do Cepea afirmam que o tempo mais firme tem favorecido a colheita de café arábica da safra 2018/19 no Brasil – boa parte dos produtores já realiza as varrições finais", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca R$ 471,00 e alta de 2,39%. A maior oscilação no dia ocorreu em Lajinha (MG) com queda de 3,45% e saca cotada a R$ 420,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação no dia em Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 440,00 – estável. A maior oscilação no dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 0,93% e saca cotada a R$ 433,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 438,00 e alta de 2,58%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

Na terça-feira (04), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 421,64 e queda de 0,42%.

» Clique e veja as cotações completas de café

Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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