Café: Bolsa de Nova York volta a cair nesta tarde de 4ª feira e testa mínimas de 2006 após reação na véspera
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) recuam mais de 100 pontos nesta tarde de quarta-feira (22) após alta na véspera. O mercado atinge o menor patamar em 12 anos com forte pressão do câmbio, com o real se desvalorizando ante o dólar. O vencimento referência ainda se mantém acima de US$ 1 por libra-peso.
Por volta das 12h27 (horário de Brasília), o contrato setembro/18 registrava queda de 135 pontos, cotado a 96,60 cents/lb, enquanto o dezembro/18 anotava 100,85 cents/lb com 95 pontos de recuo. Já o vencimento março/19 caía 90 pontos, valendo 104,25 cents/lb e o maio/19 tinha desvalorização 85 pontos, a 106,70 cents/lb.
Depois de reação técnica na véspera, o mercado externo do arábica voltou a recuar nesta quarta-feira. Às 12,01, o dólar comercial recuava 1,30%, cotado a R$ 4,0898 na venda, com o mercado ainda repercutindo o baixo desempenho de Geraldo Alckmin (PSDB), candidato preferido dos investidores, nas recentes pesquisas para a Presidência do país.
O dólar mais alto em relação ao real tende a melhorar os retornos locais sobre o café e açúcar, incentivando os produtores a vender sua oferta. "Observamos uma pressão contínua na frente cambial afetando os preços do café no curto prazo", disse o Rabobank em um relatório mensal. As informações são da Reuters.
Os preços externos, segundo a agência internacional, também foram pressionados pelas renovadas expectativas de amplas ofertas globais e renovadas vendas por especuladores, que detêm uma grande posição vendida no mercado.
No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 420,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 420,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 396,00 a saca.