Café: Cotações do arábica recuam mais de 100 pts nesta tarde de 3ª na Bolsa de Nova York em ajustes
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) recuam mais de 100 pontos nesta tarde de terça-feira (31). O mercado externo do grão se acomoda tecnicamente depois de operadores repercutirem as preocupações com o clima seco no Brasil, maior produtor no mundo, e os reflexos dessa condição na safra de 2018.
Por volta das 13h21 (horário de Brasília), o contrato setembro/18 registrava queda de 125 pontos, a 110,15 cents/lb, enquanto o dezembro/18 anotava 113,35 cents/lb com recuo de 125 pontos. Já o vencimento março/19 caía 125 pontos, a 116,80 cents/lb, enquanto o maio/19 tinha desvalorização de 125 pontos, a 119,20 cents/lb.
Depois de duas altas seguidas, o mercado externo do arábica passou a recuar nesta terça-feira em ajustes técnicos. O mercado acompanhava nos últimos dias as informações de tempo seco no Brasil e a possibilidade dos reflexos dessa condição para a próxima temporada. Algumas áreas estão há meses sem chuvas.
"Se por um lado o período seco é benéfico para o desenvolvimento da colheita atual, por outro lado o longo período de estiagem preocupa a classe produtora, não só com falta de chuva bem como o baixo nível dos reservatórios para aqueles que utilizam irrigação", disse na véspera o analista da Origem Corretora, Anilton Machado.
A colheita nesta temporada segue no país. Segundo levantamento da Cooxupé (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé), a colheita dos cooperados alcançou 65,12% do total até 27 de julho, ante 55,73% na semana anterior. Apesar do avanço dos trabalhos por conta do tempo seco nas áreas produtoras do país, a colheita segue atrasada.
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No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 430,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 442,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 445,00 a saca.