Café: Bolsa de Nova York avança mais de 100 pts nesta tarde de 2ª feira de olho no clima no Brasil
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 100 pontos nesta tarde de segunda-feira (30). O mercado externo do grão acompanha atentamente as previsões de condição mais seca em áreas produtoras do Brasil, o que prejudicaria o desenvolvimento da safra do próximo ano.
Por volta das 13h17 (horário de Brasília), o contrato setembro/18 registrava alta de 120 pontos, a 111,65 cents/lb, enquanto o dezembro/18 anotava 114,85 cents/lb com avanço de 125 pontos. Já o vencimento março/19 subia 100 pontos, a 118,15 cents/lb, enquanto o maio/19 tinha valorização de 95 pontos, a 120,50 cents/lb.
A colheita da safra 2018/19 do Brasil avança nas principais áreas produtoras do Brasil com condições mais secas. No entanto, produtores e envolvidos de mercado já estão preocupados com os reflexos dessa situação para a próxima temporada. Áreas produtoras de Minas Gerais e Espírito Santo estão sem chuvas há quase 90 dias.
"Estamos vendo um quadro bastante preocupante em termos de seca e temos a expectativa de formação de El Niño para o último trimestre do ano e não sabemos como as chuvas irão se comportar de setembro em diante", afirma o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais do município, Mário Guilherme Ribeiro do Valle.
Leia mais:
» Café: Seca preocupa produtores com safra de 2019, mas favorece colheita da atual temporada
Na última sexta, o mercado também acompanhou informações sobre o Brasil e fechou com leve alta. "Notícias de tempo seco no Brasil, maior produtor do mundo, e sinais de forte demanda de países produtores deram suporte ao mercado", disse para a Reuters internacional Steve Platt, estrategista de futuros na Archer Financial Services.
Segundo estimativa da consultoria Safras & Mercado, a colheita de café da safra 2018/19 do Brasil foi indicada em 68% até o dia 24 de julho. Os trabalhos avançaram cerca de sete pontos percentuais de uma semana para a outra e diminuíram o atraso com condições climáticas mais secas favorecendo os trabalhos no campo.
No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 430,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 434,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 441,00 a saca.