Café: Cotações do arábica recuam mais de 70 pts nesta 5ª na Bolsa de Nova York após estabilidade na véspera
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de mais de mais de 70 pontos nesta tarde de quinta-feira (26). Depois da estabilidade na véspera, o mercado realiza ajustes técnicos e volta a repercutir informações otimistas sobre a safra 2018/19 do Brasil, maior produtor e exportador do grão.
Por volta das 12h49 (horário de Brasília), o contrato setembro/18 registrava queda de 65 pontos, a 110,35 cents/lb, enquanto o dezembro/18 anotava 113,65 cents/lb com recuo de 70 pontos. Já o vencimento março/19 caía 75 pontos, a 117,15 cents/lb, enquanto o maio/19 tinha desvalorização de 75 pontos, a 119,60 cents/lb.
Segundo estimativa da consultoria Safras & Mercado, a colheita de café da safra 2018/19 do Brasil foi indicada em 68% até o dia 24 de julho. Os trabalhos avançaram cerca de sete pontos percentuais de uma semana para a outra e diminuíram o atraso com condições climáticas mais secas na maior parte do cinturão brasileiro.
"A colheita de arábica continua alinhada à média para o período, com a boa granação confirmando a safra recorde", afirma o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach. Os trabalhos no conilon também seguem em bom ritmo. Neste mesmo período, no ano passado, a colheita do café estava em 73% no Brasil, e na média dos últimos 5 anos para o período registra 70%.
Além de informações sobre a safra do Brasil, o câmbio também dá pressão aos preços externos do arábica. Às 12h28, o dólar avançava 0,67%, a R$ 3,7267 na venda, em movimento corretivo. A divisa mais alta em relação ao real tende a encorajar as exportações da commodity, mas os preços externos do grão recuam no terminal externo.
No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 430,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 439,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 451,00 a saca.