Café: Cotações do arábica fecham sessão desta 4ª com leve alta em NY e renovam máxima de 3 semanas

Publicado em 30/05/2018 20:20

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quarta-feira (30) com leve alta e renovaram as máximas de três semanas. O mercado registrou ajustes, mas também teve suporte das dúvidas com o clima no Brasil e informações de queda nas exportações.

O vencimento julho/18 registrou na sessão 120,30 cents/lb com alta de 5 pontos e o setembro/18 anotou 122,50 cents/lb com 10 pontos de avanço. Já o contrato dezembro/18 fechou o dia com 126,05 cents/lb e valorização de 10 pontos, enquanto o março/19, mais distante, avançou 10 pontos, cotado a 129,45 cents/lb.

Após duas quedas seguidas, o mercado do arábica na ICE voltou a subir renovando as máximas já registradas na semana passada, quando o mercado retomou o patamar de US$ 1,20 por libra-peso. O suporte que o mercado precisava veio da previsão do tempo para a próxima semana no Brasil e da oferta.

"Áreas de cultivo no Sul de Minas Gerais registraram temperaturas bastante frias a ponto de danificar a colheita na semana passada, mas quase não houve relatos de prejuízos. As temperaturas estão modestas nesta semana, mas podem cair com o frio que está vindo", disse em relatório o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.

Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), áreas do Sul e Sudoeste de Minas Gerais podem receber geadas na madrugada desta quinta-feira (31). No entanto, é leve o risco de perdas nas plantações da região que é a maior produtora no país. As temperaturas mínimas serão de até 3ºC e seguirão mais baixas nos próximos dias.

A Reuters internacional informou que essas informações climáticas impulsionaram algumas compras. Durante a tarde, o mercado chegou a avançar mais de 100 pontos. Além disso, ainda do lado fundamental, a divulgação de queda nas exportações do Brasil por conta da greve dos caminhoneiros também impactou os preços.

De acordo com o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café), o país deve deixar de exportar 900 mil sacas de 60 kg de café neste mês de maio em decorrência dos protestos de caminhoneiros com um prejuízo de até R$ 560 milhões. As informações foram apuradas pela agência de notícias Reuters.

Leia mais:
» Brasil deve deixar de exportar 900 mil sacas de café em maio por protestos, diz Cecafé

Mercado interno

Apesar de picos de alta na semana passada, os negócios no mercado brasileiro de café seguiram isolados com a greve dos caminhoneiros e foco dos produtores na colheita. Esta, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) também está em ritmo lento. "O clima desfavorável em algumas regiões e a greve dos caminhoneiros dificulta as atividades", disse em nota.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 510,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Lajinha (MG) com alta de 1,08% e saca a R$ 470,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 480,00 e alta de 1,05%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 477,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas ocorreu em Lajinha (MG) com alta de 2,30% e saca a R$ 445,00.

Na terça-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 454,95 e alta de 0,49%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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