Café: Bolsa de Nova York encerra sessão desta 2ª feira com leve alta, mas se consolida acima de US$ 1,20/lb

Publicado em 30/04/2018 17:51

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta segunda-feira (30) com leve alta. O mercado externo do grão segue com suporte gráfico depois de reconquistar o patamar de US$ 1,20 por libra-peso nos últimos dias e estende os ganhos acumulados da semana passada.

O vencimento maio/18 registrou 120,65 cents/lb com alta de 30 pontos e o julho/18 anotou 122,70 cents/lb com avanço de 30 pontos. Já o contrato setembro/18 fechou o dia com 124,75 cents/lb e valorização de 30 pontos e o dezembro/18, mais distante, avançou 25 pontos, fechando a 128,15 cents/lb. Essa foi a terceira sessão consecutiva de alta.

Depois de testar mínimas de mais de dois anos nos últimos dias, o mercado externo do arábica teve suporte técnica e reconquistou o patamar de US$ 1,20/lb na semana passada, período em que acumulou quase 4% de valorização. O câmbio também contribuiu para os ganhos recentes, mas limitou avanços mais expressivos nesta segunda.

"Estamos ouvindo que as pessoas não estão interessadas em vender. [O mercado] pode estar no limite", disse para a Reuters internacional Peter Mooses, estrategista sênior de mercado da RJO Futures. Os lotes com vencimento mais próximo na ICE chegaram a trabalhar em cerca de US$ 1,15 durante o mês de abril.

O mercado do arábica poderia testar patamares mais altos durante a sessão desta segunda-feira se não tivesse a pressão do dólar. A moeda estrangeira avançou 1,20% ante o real, a R$ 3,5035 na venda,  maior nível de fechamento desde 3 de junho de 2016. A moeda estrangeira mais alta tende a encorajar as exportações e os preços recuam.

Também pesa sobre os preços, já em menor intensidade do que nos últimos dias, as informações otimistas sobre a safra brasileira. Algumas estimativas privadas apontam a safra brasileira em mais de 60 milhões de sacas de 60 kg neste ano levando em conta as variedades arábica e conilon. O país é o maior produtor e exportador da commodity no mundo.

A última previsão da Conab (Companhia Nacional do Abastecimento) prevê a safra de café do Brasil entre 54,44 e 58,51 milhões de sacas neste ano. A atualização desses números será feita em 17 de maio.

Mercado interno

O mercado físico registrou mais negócios nos últimos dias depois de baixosa volumes comercializados. "A necessidade imediata de café para o mercado interno brasileiro estimulou os negócios, empurrando os preços do conilon para a faixa entre 330 e 350 reais. Os preços do arábica também reagiram. Primeiro foram os de melhor qualidade, limpos em tipo e graúdos, que já na quarta-feira [da última semana] voltaram a ser comercializados acima dos 450 reais", disse em informativo o Escritório Carvalhaes.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 493,00 e alta de 0,20%. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Lajinha (MG) com avanço de 1,11% e saca a R$ 455,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 465,00 e queda de 1,060%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com recuo de 1,12% e saca a R$ 440,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 461,00 e alta de 0,22%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Patrocínio (MG) com avanço de 2,30% e saca a R$ 445,00.

Na sexta-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 439,13 e alta de 0,41%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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