CNC: CMN aprova orçamento recorde do Funcafé para a safra 2018

Publicado em 29/03/2018 16:47

BALANÇO SEMANAL — 26 a 30/03/2018

FUNCAFÉ 2018 — O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, ontem, 28 de março, o volume recorde de R$ 4,960 bilhões para as linhas de crédito do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) na safra 2018. A distribuição do total ficou da seguinte maneira:

i) R$ 1,862 bilhão para a linha de financiamento de Estocagem;
ii) R$ 1,100 bilhão para Custeio;
iii) R$ 1,063 bilhão ao Financiamento para a Aquisição de Café (FAC);
iv) R$ 925,2 milhões para Capital de Giro
        - R$ 425,2 milhões às Cooperativas de Produção
        - R$ 300 milhões às Indústrias de Torrefação
        - R$ 200 milhões às Indústrias de Solúvel
v) R$ 10 milhões para a linha de Recuperação de Cafezais Danificados
 
O CNC celebra o fato de a instituição ter atendido à sugestão do Comitê Diretor de Planejamento Estratégico (CDPE), apresentada em 8 de fevereiro, quando o Conselho Nacional do Café alinhou o posicionamento do setor privado junto às demais lideranças da cadeia produtiva para que fossem elevados os recursos destinados à linha de Custeio e, consequentemente, o total. Na comparação com o capital disponibilizado pelo Funcafé na safra anterior (R$ 4,890 bilhões), o volume atual aprovado pelo CMN representa um incremento de 1,4%.
 
O Conselho Monetário Nacional também ajustou a redação dada pela Resolução nº 4.634, de 22/02/2018, explicitando que a vedação à contratação com recursos do Pronamp se aplica apenas às máquinas e equipamentos que podem ser financiadas com recursos do Moderfrota. A íntegra da Resolução 4.646, com todas as informações, está disponível no site do CNC: https://www.cncafe.com.br/site/interna.php?id=34.
 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO — Com o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), através do Movimento SomosCoop, o CNC realizou, esta semana, a segunda e a terceira oficinas regionais do planejamento estratégico para a cafeicultura brasileira, no Sul de Minas Gerais. A iniciativa tem o objetivo de aproximar os pequenos produtores da atuação da entidade e alcançar uma participação mais efetiva do setor cooperativo cafeeiro na formulação, execução e acompanhamento da política nacional e internacional.
 
 
O primeiro encontro ocorreu em Varginha, contando com o suporte da associada Minasul, e o segundo em Guaxupé, com apoio da também associada Cooxupé.
 
 
Os trabalhos de diagnóstico, visão de futuro e planos de ação para o setor contaram com a contribuição de ampla representatividade da principal região produtora de café no Brasil, envolvendo lideranças e técnicos das cooperativas  Cooxupé, Minasul, Cocatrel, Coccamig, Cocarive, Coopama, Cooperrita, Cooperbom e Capebe;  da BSCA; da ASSUL e do setor de pesquisa, representado pela Fundação Procafé.
 
Reiteramos que, assim como ocorrido na etapa anterior, com as informações e demandas obtidas, poderemos transformar o Conselho em um centro estratégico de inteligência para a cafeicultura nacional, a partir do qual possamos desenvolver e executar políticas público-privadas para otimizar a sustentabilidade de nosso setor.
 
— SomosCoop: o movimento levanta a bandeira do cooperativismo no Brasil, despertando a consciência das pessoas para a sua importância e gerando orgulho naqueles que abraçam a causa cooperativista. Mais informações: https://somos.coop.br/.
 
PLATAFORMA GLOBAL DO CAFÉ — Na segunda-feira, 26 de março, participamos da reunião do Conselho Consultivo Nacional (CCN) do Programa Brasil da Plataforma Global do Café (GCP, em inglês). Conforme solicitado pelo CNC, um dos pontos discutidos foi a segurança dos dados de sustentabilidade da cafeicultura brasileira, que estão sendo coletados em campo via aplicativo desenvolvido pelo Programa Brasil.
 
Para atender a nossa demanda de garantia de sigilo das informações das unidades produtoras de café, foi contratada uma empresa especializada para proteger a base de dados do Brasil com elevado nível de segurança certificada contra invasões e demais vulnerabilidades.
 
Outro ponto importante foi a priorização das ações do Programa Brasil em 2018, com destaque para a instalação dos Sistemas Internos de Gestão nas Cooperativas de Café.
 
O CNC avalia positivamente essa iniciativa, pois um SIG bem estruturado abre espaço para a construção de uma via complementar aos sistemas de certificação e verificação, com foco no conceito da melhoria contínua. Assim, as cooperativas se capacitarão ainda mais para negociar café com garantia de sustentabilidade diretamente com torrefadoras e demais clientes internacionais.
 
Por fim, debateu-se a necessidade de institucionalizar o CCN, de forma a habilitá-lo para receber recursos de fontes externas e domésticas para financiamento dos projetos de sustentabilidade. O CNC apoiou a realização de um estudo para apontar os caminhos para essa formalização do Programa Brasil, pois avalia que este é um passo fundamental para viabilizar o compartilhamento dos custos da sustentabilidade ao longo da cadeia produtiva do café.
 
MERCADO — Nesta semana mais curta em função do feriado da Sexta-feira Santa, o mercado internacional do café permaneceu sem novidades no lado fundamental e os preços futuros apresentaram ganhos moderados, à medida que os agentes aguardam o início da safra brasileira.
 
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os trabalhos de cata começaram em algumas lavouras de conilon no Estado de Rondônia, mas o volume ainda é pequeno e o percentual de grãos verdes é elevado.
 
No Espírito Santo, principal produtor de robusta do Brasil, a colheita deve começar nas próximas semanas. Já as lavouras de arábica deverão ter os primeiros trabalhos de cata iniciados por volta do fim de abril ao começo de maio.
 
Os indicadores dos cafés arábica e conilon calculados pelo Cepea acompanharam o cenário internacional e registraram leves ganhos em relação à sexta-feira passada, cotados, respectivamente, a R$ 428,96/saca (+1,1%) e a R$ 305,79/saca (+1,0%).
 
De acordo com a Somar Meteorologia, a massa de ar seco passa a perder intensidade no Sudeste, mas ainda mantém o tempo firme na metade oeste de Minas Gerais e no norte paulista. Para as demais áreas da Região, persistem as chuvas, que devem se concentrar, no fim de semana, em São Paulo, com possibilidade de temporais.
 
Puxado por uma revisão para cima mais forte do que a prevista no Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no quarto trimestre de 2017, o dólar se fortaleceu no exterior. No mercado brasileiro, a moeda também subiu à medida que investidores estrangeiros se retiraram em busca de proteção. A divisa encerrou a sessão de ontem a R$ 3,3310, com alta de 0,4% ante a semana passada.
 
Fonte: CNC

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