Café: Bolsa de Nova York recua cerca de 50 pts nesta tarde de 2ª e vencimentos próximos ficam abaixo de US$ 1,20/lb
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE FUtures US) operam com queda próxima de 50 pontos nesta manhã de segunda-feira (12). O mercado externo do grão segue acompanhando as oscilações do câmbio, que impactam dirtetamente nas exportações, e as recentes divulgações sobre a safra 2018/19 do Brasil, maior produtor e exportador da commodity.
Por volta das 12h01 (horário de Brasília), o contrato março/18 estava cotado a 118,85 cents/lb com queda de 15 pontos – fechamento anterior, o maio/18 caía 50 pontos, a 119,65 cents/lb. Já o vencimento julho/18 trabalhava com recuo de 55 pontos, a 121,85 cents/lb, e o setembro/18 tinha desvalorização de 55 pontos, cotado a 124,05 cents/lb.
Diante dessa nova queda, a quarta consecutiva, os vencimentos mais próximos na ICE já trabalham abaixo do patamar de US$ 1,20 por libra-peso. Desde a semana passada, o mercado externo tem sentido forte pressão do dólar e informações sobre o desenvolvimento da safra brasileira, que começa nos próximos meses. Ajustes técnicos também são registrados.
Às 11h09, o dólar comercial subia 0,30%, cotado a R$ 3,2612 na venda. A divisa é influenciada pelo cenário externo e pelas intervenções do Banco Central no câmbio. As oscilações na moeda estrangeira impactam diretamente as exportações. O dólar mais alto ante o real tende a encorajar os embarques das commodities e os preços tendem a cair.
Do lado fundamental, consultorias chegam a estimar a possibilidade de colheita recorde neste ano, ao redor de 60 milhões de sacas de 60 kg e isso ajuda a pressionar as cotações. O setor produtivo, porém, diz acreditar que ainda é cedo para cravar esses números já que lavouras condições adversas durante a florada. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), prevê safra entre 54,44 e 58,51 milhões de sacas neste ano.
Um levantamento do Rabobank, um dos maiores bancos especializados em commodities do mundo, por outro lado, mostrou que a safra brasileira neste ano pode ser bem abaixo das expectativas de outros analistas, citando danos causados por pragas. Com isso, a instituição reduziu suas estimativas para o país e elevou sua previsão para os preços futuros do arábica ao longo do ano. As informações são do site internacional Agrimoney.
No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 430,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 440,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 444,00 a saca.