Café: Bolsa de NY avança mais de 50 pts nesta tarde de 6ª em ajustes e com suporte do câmbio e exportação
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de mais de 50 pontos nesta tarde de sexta-feira (9). O mercado externo do grão realiza ajustes técnicos durante a sessão de hoje depois de recuar por dois pregões consecutivos, mas o câmbio e exportações também dão suporte aos preços.
Por volta das 12h51 (horário de Brasília), o contrato março/18 estava cotado a 119,75 cents/lb com alta de 75 pontos, o maio/18 subia 70 pontos, a 121,00 cents/lb. Já o vencimento julho/18 trabalhava com avanço de 60 pontos, a 123,20 cents/lb, e o setembro/18 tinha valorização de 55 pontos, cotado a 125,40 cents/lb.
Depois de recuar nas duas últimas sessões, o mercado do arábica volta a subir nesta tarde de sexta em acomodação técnica em mais uma demonstração de consolidação do patamar de US$ 1,20 por libra-peso. Além disso, o câmbio e também a divulgação de mais uma queda nas exportações brasileiras também repercutem nos preços.
O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) informou que as exportações de café no país totalizaram 2,35 milhões de sacas, com receita cambial chegando a US$ 377.240 mil e preço médio de US$ 160,14. Uma queda de cerca de 9% no volume embarcada em relação ao mesmo período do ano passado.
"Os resultados deste mês estão dentro do previsto, com exportações mais modestas, porém preservando a grande participação do Brasil nas exportações de café do mercado mundial. Temos que levar em conta que fevereiro foi um mês mais curto, o que inevitavelmente afeta as exportações. Nossa expectativa é de que o mercado siga se comportando neste ritmo até a entrada da nova safra, em julho, quando estimamos um possível incremento nas exportações", afirma o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.
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O câmbio também dá suporte aos preços externos do grão. Às 11h05, o dólar comercial 0,50% ante o real, a R$ 3,2481 na venda, com investidores mais tranquilos após divulgação de dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos. A moeda estrangeira mais baixa tende a desencorajar as exportações da commodity e os preços, consequentemente, sobem.
No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 420,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 440,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 446,00 a saca.