Café: Em ajustes, Bolsa de Nova York recua cerca de 100 pts nesta tarde de 3ª feira depois das altas recentes
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) recuam cerca de 100 pontos nesta tarde de terça-feira (27). O mercado realiza ajustes técnicos depois de subir por três sessões seguidas e voltar a US$ 1,20 por libra-peso, mas operadores também seguem atentos com as informações sobre a safra 2018/19 do Brasil.
Por volta das 12h53 (horário de Brasília), o contrato março/18 estava cotado a 119,80 cents/lb com queda de 70 pontos, o maio/18 caía 100 pontos, a 120,90 cents/lb. Já o vencimento julho/18 trabalhava com recuo de 105 pontos, a 123,00 cents/lb, e o setembro/18 tinha desvalorização de 95 pontos, cotado a 125,35 cents/lb.
Desde a manhã desta terça o mercado do café se ajusta ante as altas recentes. Elas foram motivadas por movimentações técnicas, câmbio, mas principalmente depois que os especuladores aumentaram suas posições líquidas vendidas na semana anterior apostando em queda no mercado. Com as altas recentes, as cotações voltaram a US$ 1,20/lb.
Além dos ajustes, do lado fundamental, operadores no terminal externo seguem atentos com as informações da safra brasileira, que pode ser recorde. Algumas consultorias chegam a estimar a possibilidade de colheita recorde neste ano no país, ao redor de 60 milhões de sacas de 60 kg, contrariando o setor produtivo que levanta números mais baixos.
Em entrevista recente ao Notícias Agrícolas, Mário Panhotta, gerente de mercado da Cooxupé, já havia adiantado que o avanço dos últimos dias no café não poderia ser considerado uma reversão de tendência. Para ele, o mercado espera uma superssafra no Brasil e os fundos, por sua vez, combinam essa pressão nos preços.
No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 440,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 448,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 448,00 a saca.