Café: Bolsa de Nova York cai mais de 250 pts na sessão desta 2ª com expectativas de ampla oferta em 2018

Publicado em 11/12/2017 17:07

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) recuaram mais de 250 pontos na sessão desta segunda-feira (11). Essa é a sexta sessão seguida de queda no mercado. O mercado segue impactado pelas informações mais otimistas com a safra 2018/19 e enfraquecimento gráfico depois das baixas nos últimos dias.

Os lotes com vencimento para dezembro/17 fecharam a sessão de hoje cotados a 119,00 cents/lb com queda de 160 pontos, o março/18 registrou 120,00 cents/lb com recuo de 260 pontos. Já o contrato maio/18 encerrou o dia com 122,20 cents/lb e desvalorização de 260 pontos e o julho/18, mais distante, fechou a sessão cotado a 124,50 cents/lb e 260 pontos de baixa.

Assim como na semana passada, o mercado segue otimista e repercutindo as estimativas de ampla oferta do grão na próxima temporada. Mas fatores técnicos também são registrados. "Esses fundamentos de excedente da produção global são o pano de fundo do movimento descendente dos preços do café", disseram analistas CoffeeNetwork. As informações são da Reuters internacional.

Na semana passada, as cotações futuras do arábica tiveram queda acumulada de mais de 5%. As chuvas recentes no cinturão produtivo do Brasil, maior produtor e exportador da commodity, dão suporte às expectativas de maior produção na safra 2018/19. Com a baixa da sessão de hoje, o mercado chegou os níveis mais baixos desde 23 de junho.

A Somar meteorologia prevê que chuvas ainda acontecerão em algumas áreas produtores do país, como a Zona da Mata, Espírito Santo e Bahia. Os acumulados podem chegar a até 50 milímetros nos próximos quatro dias. Já no Sul de Minas e Paraná, o tempo seco deve ficar mais seco.

Em menor intensidade, informações sobre a safra da Colômbia também repercutiram. O país que é importante produtor de arábica também deve aumentar sua produção, para 18 milhões de sacas de 60 kg. A alta acontece por conta da renovação das plantações e migração de produtores de coca para o café, segundo o presidente Juan Manuel Santos. As informações são da Reuters internacional.

Mercado interno

Os negócios com café seguiram lentos neste início de semana nas praças de comercialização do Brasil. Esse movimento dá sequência a paradeira dos últimos dias que, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) é típica do final de ano, já que agentes aguardam início do novo ano para retomar a comercialização.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca cotada a R$ 500,00 – estável. A maior variação no dia ocorreu em Varginha (MG) com queda de 2,08% e saca a R$ 470,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 464,00 e queda de 0,85%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Franca (SP) com queda de 4,17% e saca a R$ 460,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 470,00 – estável. A maior alta no dia dentre praças junto com Guaxupé (MG) com recuo de 2,22% e saca a R$ 440,00.

Na sexta-feira (8), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 443,60   e queda de 0,90%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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