Café: Bolsa de Nova York cai mais de 200 pts nesta 4ª com recentes chuvas no cinturão do Brasil

Publicado em 01/11/2017 16:55

Pela terceira sessão seguida e em meio a um alto volume de negócios, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) recuaram nesta quarta-feira (1º). O mercado acompanha de perto e reflete nos preços externos do grão as melhores condições climáticas no cinturão produtivo do Brasil, que melhoras as condições de produção da safra 2018/19. Foram registradas mínimas de junho durante o dia.

Os lotes com vencimento para dezembro/17 fecharam a sessão de hoje cotados a 122,95 cents/lb com queda de 215 pontos, o março/18 registrou 126,45 cents/lb com recuo de 215 pontos. Já o contrato maio/18 encerrou o dia com 128,85 cents/lb e desvalorização de 210 pontos e o julho/18, mais distante, caiu 220 pontos, fechando a 131,15 cents/lb.


Gráfico do mercado do café na Bolsa de Nova York nesta 4ª feira – Fonte: Investing

Os operadores externos estão atentos às informações climáticas no Brasil, maior produtor e exportador do grão. Mas, agora, mais otimistas diante das recentes precipitações. "As precipitações têm sido boas nos últimos dias e os relatos de produtores indicam que as condições para a produção melhoraram", disse vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

A Somar Meteorologia prevê que chuvas ocorrerão em todas as áreas produtoras nesta semana, com acumulados entre 30 mm e 70 mm, inclusive no Espírito Santo, Zona da Mata e sul da Bahia. Há possibilidade de ocorrência de granizo nas regiões elevadas. As informações foram reportadas pelo CNC (Conselho Nacional do Café) em boletim semanas nesta quarta.

"Ideias de que a safra que vem do Brasil pode ser grande permanece, mesmo com informações de áreas de café em condições de seca", pontua Scoville. Durante a tarde, as cotações do grão chegaram a registrar queda de mais de 300 pontos. Além disso, ajustes técnicos também são vistos, segundo reportam agências internacionais.

No acumulado da semana passada, as cotações do arábica registraram avanço de cerca de 1%, com preocupações com a safra brasileira. As floradas recentes em algumas lavouras do cinturão produtivo estavam com abortamento diante das altas temperaturas e baixos volumes de chuva. Agora, com as chuvas, os operadores ajustam posições no mercado.

Mercado interno

Os preços do café arábica chegaram a subir no mercado brasileiro nos últimos dias e alguns negócios foram firmados, principalmente nos dias 26 e 27 de outubro, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP). Mas essa queda nas últimas sessões já deixa o lado físico um pouco mais lento. Além disso, essa semana será mais curta por conta do feriado de Finados nesta quinta-feira (2).

Leia mais:
»  Café: Alta externa eleva preço do arábica no Brasil; robusta segue estável

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca a R$ 500,00 – estável. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Patrocínio (MG) com queda de 4,95% e saca a R$ 480,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 475,00 e baixa de 3,06%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 460,00 e queda de 2,13%. A maior oscilação no dia dentre praças no dia ocorreu em Franca (SP) com queda de 4,26% e saca a R$ 450,00.

Na terça-feira (31), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 451,20 e queda de 0,36%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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