Café: Bolsa de Nova York sobe mais de 200 pts nesta tarde de 2ª feira ainda com preocupação com safra brasileira

Publicado em 07/08/2017 12:48

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de mais de 200 pontos nesta tarde de segunda-feira (7) e estendem os ganhos registrados na semana passada. O mercado acompanhou nos últimos dias o câmbio, fatores técnicos e, principalmente, a preocupação com a safra brasileira 2017/18, com relatos de broca em importantes regiões produtoras. Com a alta, os preços externos do grão estão acima de US$ 1,40 por libra-peso.

Por volta das 12h54 (horário de Brasília), o contrato setembro/17, referência de mercado, estava cotado a 142,30 cents/lb com alta de 215 pontos, o dezembro/17 subia 210 pontos, a 145,80 cents/lb. Já o contrato março/18 operava com avanço de 215 pontos e estava sendo negociado a 149,40 cents/lb e o maio/18 avançava 210 pontos e estava cotado a 151,60 cents/lb.

Fatores técnicos também influenciam as negociações, de acordo com agências internacionais de notícias, porém as preocupações com a safra brasileira seguem dando suporte ao mercado do grão, com preocupações em relação ao abastecimento. "Há certa preocupação sobre possíveis problemas climáticos e preocupações sobre a qualidade da colheita do Brasil", disse à agência de notícias Reuters a analista de mercado e presidente da J. Ganes Consulting, Judith Ganes-Chase.

A colheita avança no Brasil, maior produtor e exportador da commodity. No entanto, problemas ficam mais aparentes e o mercado externo repercute isso. "Produtores de arábica aumentam o tom de preocupação com a quebra de safra, baseado no avanço do beneficiamento e do alto percentual de perdas com a renda. A queixa é com a safra miúda, especialmente no Sul e Cerrado de Minas e no estado de São Paulo", afirma. A broca também ganha destaque negativo em algumas regiões", disse o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach.

Mesmo com a colheita em ritmo acelerado no Brasil, os negócios no mercado interno brasileiro seguem lentos. No Brasil, por volta das 08h15, o tipo 6 duro era negociado a R$ 460,00,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 475,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam sendo cotados a R$ 468,00 a saca. Os negócios no mercado interno acontecem de forma isolada no país.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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