Café: Bolsa de Nova York segue em alta nesta tarde de 3ª feira e estende ganhos da véspera

Publicado em 18/04/2017 13:03

Após subirem mais de 200 pontos na véspera, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta tarde de terça-feira (18). O mercado segue com suporte das incertezas com a safra 2017/18 do Brasil, que começa a ser colhida nos próximos dias, mas também acompanha o câmbio, que impacta diretamente nas exportações da commodity.

Por volta das 12h40 (horário de Brasília), o contrato maio/17 registrava 141,15 cents/lb com avanço de 5 pontos, o julho/17, referência de mercado, estava cotado a 143,70 cents/lb com alta de 20 pontos. Já o vencimento setembro/17 subia 25 pontos, a 146,00 cents/lb, e o dezembro/17, mais distante, tinha ganhos de 10 pontos e estava sendo negociado a 149,30 cents/lb.

O mercado segue em alta nesta terça acompanhando as informações sobre a produção de café no Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo. A importadora de café Wolthers Douque fez uma rota por lavouras de café do Brasil e várias cooperativas e concluiu que a produção coloca o mercado em uma situação delicada. As informações são da agência de notícias Reuters. "A julgar pelo que vimos e ouvimos dos produtores, os números para a próxima safra brasileira devem ser de cerca de 48 a 49 milhões de sacas", disse a empresa.

Além dessas informações, que podem contribuir para um desequilíbrio na oferta do grão, o mercado também segue o câmbio, que impacta diretamente nas exportações. Por volta das 11h20, o dólar comercial caía 0,20%, cotado a R$ 3,0983. Os investidores acompanham as novidades sobre a reforma da Previdência e as mudanças feitas pelo governo no texto original. O dólar mais baixo tende a desencorajar as exportações.

Nos últimos dias, os operadores no terminal externo também estão de olho no clima no Hemisfério Sul, que é mais frio neste período, com a possibilidade de geadas afetarem as plantações do grão.

No Brasil, por volta das 09h43, o tipo 6 duro era negociado a R$ 485,00 a saca de 60 kg em Patrocínio (MG) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 470,00 a saca e em Espírito Santo do Pinhal (SP) estava sendo cotado a R$ 470,00 a saca. Segundo analistas, os negócios seguem isolados nas praças de comercialização do país.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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